O antigo edil de Maputo, David Simango, senta-se amanhã no banco dos réus, para responder a um processo de corrupção. O julgamento do caso 171/20, terá lugar no Tribunal Judicial de Kampfumo, na cidade de Maputo. Este não um daqueles casos balados sobre os alegados actos corruptivos praticados por David Simango, enquanto “chefão” da autarquia de Maputo, alguns dos quais em investigação no Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC), como no caso da falacioso troço da Juliius Nyerere, que envolveu a portuguesa Britalar.
O caso vertente parece corriqueiro. Ele é acusado de ter adquirido um apartamento no Edifício 24, da Épsilon, na 24 de Julho, como moeda de troca pela concessão do título do terreno e respectiva licença de construção. “Carta” investigou. E apurou que Épsilon obteve o título do terreno na altura em que o Presidente do Conselho Municipal de Maputo era João Baptista Cosme, ainda nos anos 90.
A Épsilon, arrolada como declarante, já explicou isso no processo. E clarificou que não tem nenhuma relação comercial com David Simango, mas sim com sua esposa Celestina, que efetivamente adquiriu um apartamento no luxuoso edifício. O apartamento ainda não foi pago na totalidade, mantendo-se a propriedade em nome da Épsilon. É muito bem provável que David Simango saia do tribunal, por agora, com um sorriso vitorioso. Fonte que lhe é próxima disse que o caso na passa de “pura maldade”.(M.M.)