O ministro da Economia e Finanças de Moçambique, Adriano Maleiane, defendeu ontem no parlamento que o Orçamento do Estado (OE) de 2022 deve estar centrado na recuperação da economia, após a desaceleração provocada pela pandemia de covid-19.
“Este orçamento já entra na fase de recuperação, depois de 2020 e 2021 termos estado muito focados na mitigação dos efeitos de covid-19”, afirmou Maleiane.
Aquele governante falava numa audição na Comissão do Plano e Orçamento (CPO) da Assembleia da República, sobre as propostas de lei do Plano Económico e Social (PES) e do OE de 2022.
Adriano Maleiane avançou que o executivo vai trabalhar para um crescimento económico de 2,9%, em 2022, depois de uma queda para 1,3%, este ano, devido ao impacto do novo coronavírus.
“Temos que garantir 2,9% de crescimento, tendo os setores todos da economia a crescerem”, enfatizou o ministro da Economia e Finanças de Moçambique.
A agricultura, indústria, infraestruturas e turismo poderão dinamizar a economia moçambicana em 2022, acrescentou.
Adriano Maleiane assinalou que o PES e o OE preveem receitas de 293 mil milhões de meticais (3,9 mil milhões de euros) e despesas de 450 mil milhões de meticais (seis mil milhões de euros), ou seja, um défice de 157 mil milhões de meticais (2,1 mil milhões de euros) - cerca de 14% do PIB.
Do total da despesa, 86,5% vão para a educação, saúde, Forças de Defesa e Segurança, agricultura e infraestruturas, boa governação e democracia, bem como remunerações.
“É o orçamento possível, porque sabemos que não vai resolver todos os problemas”, enfatizou Adriano Maleiane.(Lusa)