Dois casos suspeitos da variante Ómicron do novo coronavírus estão sendo investigados no território nacional. A informação foi partilhada esta terça-feira pelo Ministro da Saúde, Armindo Tiago, em conferência de imprensa.
Segundo o Ministro da Saúde, um dos suspeitos está na província de Inhambane e outro na cidade de Maputo, sendo que os dois não têm histórico de terem viajado para fora do país, suspeitando-se, assim, que tenham sofrido mutações do vírus no seu organismo ou que tenham tido contacto com alguém que tenha regressado do estrangeiro recentemente.
“Um dos suspeitos é praticamente assintomático e outro tem sintomatologia leve e nós vamos acumular essa evidência para, mais uma vez, provarmos que esta variante Ómicron estará ou não associada a maior transmissão de doença grave”, disse.
Na sua interacção com a comunicação social, Armindo Tiago confirmou a probabilidade de ocorrência de uma quarta vaga da Covid-19 no país, porém, não precisou as datas, explicando que o intervalo entre a vaga sul-africana e moçambicana sempre foi de dois a quatro meses, pelo que, pode ocorrer dentro de dois meses.
Tiago garantiu ainda não haver necessidade de se encerrar as fronteiras moçambicanas, pois, os indicadores epidemiológicos estão no nível 1 e, como tal, serão mantidas as medidas que correspondem a esse nível no país.
“Toda esta confirmação das análises, que estamos a dizer aqui, dos dois suspeitos e de outras pessoas que por ventura possam aparecer, nós vamos fazer o sequenciamento a nível nacional e poderemos também fazer amostras provenientes de outros países que possam necessitar da nossa ajuda”, disse.
Refira-se que a variante Ómicron, identificada na África do Sul, já foi notificada em 18 países, num conjunto de 213 casos. Embora a África do Sul e o Botswana sejam os únicos países da África Austral com casos confirmados da nova variante, o mundo continua fechado à entrada de cidadãos de nove países desta região do continente africano. (Marta Afonso)