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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

Redacção

terça-feira, 27 novembro 2018 03:05

Ricardo Barradas e a Ilha de Moçambique

O Ricardo Barradas vai lançar dois livros, com foco na Ilha de Moçambique. São dois livros sobre alguns episódios fascinantes da nossa história. Amanhã, no Centro Cultural Português, às 17h30, no Camões.

terça-feira, 27 novembro 2018 03:00

Vodacom e Movitel ganham espectro para 4G avançada

A Vodacom e a Motivel ganharam os canais disponíveis para que cada uma possa instalar a tecnologia de transmissão de dados 4G, na sua versão avançada. As três operadoras, incluindo a Mcel, foram comunicadas na sexta-feira pelo INCM (Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique) dos resultados do recente leilão lançado para o efeito. As duas primeiras adquiriram dois canais de frequência necessários para implantarem o serviço mais recente de transmissão de dados. A Vodacom e a Movitel podem agora pôr em marcha um o 4G avançado. A Mcel estará se atrasando nesta corrida para uma maior satisfação do consumidor. A Vodacom e Movitel ganharam quatro dos 5 lotes em disputa. O leilão para atribuição de direitos de utilização de frequências nas faixas de 800 Mhz, 1800 Mhz e 2.6 Ghz foi relizado no passado dia 25 de Outubro. Os preços bases de licitação eram de 15.000.000 USD (para as faixas de 800 MHz e 2.6 GHz) e 30.000.000 USD para a faixa de 1800 MHz.

O Comandante Provincial da Polícia da República Moçambique, em Nampula, Manuel Zandamela, proferiu ameaças a um grupo de jornalistas na cidade de Angoche, na semana passada. A ameaça foi feita na sequência de um artigo publicado pelo jornal @Verdade que, entre vários assuntos, apontava Zandamela como sendo um dos dirigentes da corporação que contribuiu para o aumento da criminalidade, na província, logo que ele assumiu funções.

 

O mesmo artigo acusava Zandamela de ser complacente com novas artimanhas de criminosos. Zandamela não gostou e, na semana passada, sobretudo na segunda e terça-feiras, aproveitou a viagem do Governador da província, Victor Borges, ao distrito de Angoche, durante a qual tentou "ajustar as contas" com os jornalistas. "Quero conversar com todos os jornalistas. Quero conhecer quem é que escreveu que desde que entrei o crime aumentou em Nampula”, vociferou ele, num encontro com jornalistas locais. (S.L)

Mais de cem fiscais comunitários estão a abandonar a fiscalização da Reserva Florestal de Mecuburi, uma das maiores de Moçambique, localizada no distrito com o mesmo nome, na província de Nampula, devido a falta de pagamento por parte das autoridades governamentais. Como consequência da falta de fiscalização rigorosa originada pela desistência dos fiscais, a reserva está a ser devastada por furtivos e invadida  pela população, que vai erguendo novas moradias de construção precária e abatendo espécies madeireiras e animais de pequeno porte que habitam no interior da floresta. Declarada em 1950, pelo então regime colonial, como reserva florestal, a mesma possui uma área de 230 hectares contra 250, sendo 20 hectares repartida e atribuída à Sociedade Algodoeira de Namialo (SANAM).

Ministra das Relações Exteriores da Índia, Sushma SwarajO trio foi detido há alguns meses por ter obtido um visto ilegal. Na sexta-feira, o membro do parlamento de Thiruvananthapuram, Shashi Tharoor, expressou sua preocupação pelo facto de três homens de Karnataka terem ficado presos em Moçambique devido a problemas com vistos, e até pediu que a Ministra das Relações Exteriores, Sushma Swaraj, supervisionasse a libertação deles. Uma fonte do Alto Comissariado da Índia em Moçambique disse as autoridades indianas que estão fazendo o seu melhor. Os três homens, Madhuchandra Jailor, Saiju Papchaery e Praveen Kumar Rajesh, são membros da comunidade tribal semi-nómada Hakki Pikki, de Karnataka, Hunsur, em Mysuru. Eles viajaram para Moçambique para aparentemente vender medicamentos e óleos vegetais. O trio abordou as autoridades de Migração a 21 de Junho na cidade de Manica, buscando uma extensão do seu visto. Um oficial encarregado ofereceu-lhes um visto por um ano, e eles perceberam mais tarde que eram na verdade permissões de trabalho ilegal.  Com base nisso, os três foram detidos e seus passaportes confiscados em 2 de Julho. Os três faziam parte de um grupo de 16 indianos que vieram vender medicamentos e óleos fitoterápicos há cerca de quatro meses. 13 membros regressaram para Índia, mas três homens foram detidos em Nampula e interrogados sobre os seus vistos “fraudulentos”. O Chefe da Chancelaria da Índia em Maputo disse, sobre o assunto, o seguinte, a um jornal indiano: “Eles não estão na cadeia, mas não estão autorizados a deixar o país. Três a quatro meses atrás, um grupo de 16 pessoas de Karnataka viajou do Malawi para Moçambique com um visto de negócios. Quando o visto de visitante expirou, eles queriam que seus vistos fossem prorrogados, mas supostamente foram enganados por alguns moradores locais, que os convenceram de que poderiam providenciar uma permissão de residência em troca de 16.000 rupias por passaporte. Por isso, eles (funcionários de Moçambique) estão dizendo que precisam que os três estejam no país até que as investigações sobre este assunto acabem”.

terça-feira, 27 novembro 2018 03:40

Focos de insurgência chegam ao Niassa

Um guarda do palácio da governadora do Niassa, Francisca Tomás, morreu na noite da última sexta-feira num ataque protagonizado por homens armados contra um camião na zona do rio Ruassa, que faz a fronteira entre as províncias do Niassa e Cabo Delgado. O ataque, que está a ser relacionado com a “insurgência” em Cabo Delgado e não com simples banditismo, ocorreu já à entrada da província de Cabo Delgado, precisamente no distrito de Balama. “Carta” soube que o camião transportava mercadoria do Niassa e seguia com destino à cidade de Pemba. O veículo foi atingido depois de atravessar o rio ao longo da mata em direção a vila de Balama.

terça-feira, 27 novembro 2018 03:13

Descontos na portagem começam segunda-feira

O esquema de descontos na ponte suspensa na baía de Maputo começa na segunda-feira, de acordo com um anúncio da Maputo-Sul, a empresa pública que opera a ponte. Os proprietários de veículos ligeiros que pretendam beneficiar do esquema de descontos devem preencher um formulário disponível na empresa, fornecendo uma fotografia do veículo com sua placa de inscrição claramente visível. Devem depois comprar um cartão pré-pago por um mínimo de 500 Meticais e pagar um adiantamento de 320 Meticais (o equivalente a duas travessias normais da ponte). Os descontos serão processados ​​automaticamente, dependendo de quantas viagens pela ponte, entre o centro de Maputo e o distrito municipal de Katembe, o veículo faz num mês. Um carro que atravesse a ponte entre 11 a 20 vezes por mês terá direito a um desconto de 7%, diminuindo a tarifa de 160 para 148 meticais por viagem. Se o carro fizer entre 21 e 30 travessias, o desconto sobe para 13 % e cada travessia passa a custar 139.000 Meticais. Reduções semelhantes estão em vigor na portagem da Bela Vista, na estrada de Katembe para a Ponta de Ouro, na fronteira com a província sul-africana de Kwazulu-Natal.

 

O preço normal para os veículos ligeiros é de 100 Meticais, mas um veículo que atravesse mais de 60 vezes por mês pagará apenas 40 Meticais por cada vez. Veículos totalmente isentos de portagens são ambulâncias, carros de bombeiros e veículos policiais ou militares, quando em serviço. As portagens com desconto foram aprovadas pelo Governo e a Maputo-Sul adverte que não tem poder para oferecer descontos adicionais. A divulgação aponta que o dinheiro arrecadado pelas portagens será usado na manutenção da ponte e da estrada para Ponta do Ouro, e para fornecer serviços de boa qualidade aos usuários. Por outras palavras, o dinheiro não será usado para pagar o empréstimo de 785 milhões de USD do ExIm Bank chinês, que foi a principal fonte de financiamento para a ponte e suas estradas de conexão. (AIM)

segunda-feira, 26 novembro 2018 03:00

Malawianos presos na posse de ossos humanos em Tete

Dois cidadãos do Malawi estão encarcerados em celas da PRM em Tete, acusados de posse ilegal de ossos humanos. A porta-voz da PRM em Tete, Lurdes Ferreira, confirmou a detenção dos malauianos.

 

"Eles estão sob custódia policial para as devidas investigações porque é crime transportar ossos humanos em Moçambique", disse Ferreira. "Eles foram encontrados com crânios humanos e ossos da perna. Estamos à procura de pessoas que profanam sepulturas em cemitérios para exumar corpos humanos", disse ela. Os malawianos confirmaram que os ossos são realmente humanos e admitiram que os encontraram em cemitérios. "Nós fomos lá procurar plantas medicinais", disseram eles. "Também vimos ossos de pessoas e os levamos para tratamento, porque fazem parte dos remédios usados ​​para enriquecer as pessoas em curto espaço de tempo". O presidente provincial da AMETRAMO em Tete, Vasco Simbadzaco, disse aos jornalistas que surpreendeu pessoalmente os malauianos que tratavam as pessoas numa casa no bairro de Mateus Sansão Mutemba. "Eu peguei-os em flagrante com os ossos humanos", disse ele. (AIM)

segunda-feira, 26 novembro 2018 03:32

LAM diz que seus voos são cada vez mais pontuais

Numa altura em que o espaço aéreo nacional está aberto a outros operadores, a LAM diz que regista um índice de pontualidade de 93 %, o melhor até ao momento, depois de diminuir de forma acentuada os atrasos que se verificavam nos seus voos num passado recente. O pior índice, zero por cento, registou-se a 5 de Julho passado, quando a companhia não efetuou nenhum voo. O anterior Conselho de Administração, liderado por António Pinto, foi substuído por uma Direccão Geral encabecada por João Jorge Pó, que em Julho iniciou uma reestruturação calendarizada 18 meses. Volvidos quatro meses, os resultados já são visíveis.

segunda-feira, 26 novembro 2018 03:18

Eleições “manipuladas” em Marromeu

Quando se esperava que o processo eleitoral de Marromeu fosse transparente e justo, eis que a Polícia da República de Moçambique (PRM) e a Comissão Distrital de Eleições (CDE) decidem assumir a paternidade das eleições, criando artimanhas e viciações para alterar aquela que era a tendência do voto, conforme aponta o relatório do EISA, uma organização regional de monitoria de eleições. A contagem paralela do EISA e doutras organizações da sociedade civil davam vitória à Renamo com 59,5 %, contra 32,7 da Frelimo e 7,7 % do Movimento Democrático de Moçambique (MDM). Mas a CDE acabou declarando a Frelimo como vencedora do escrutínio com 9.143 votos (48,10%), contra 8371 (44,04%) da Renamo e 1493 (07,86%) do MDM, numa eleição que contou com a participação de 20.207 eleitores dos 28.211 eleitores inscritos. As organizações da sociedade civil que observaram as eleições são todas unânimes em afirmar que as eleições foram uma vergonha e contribuem negativamente contra a construção de Estado de direito democrático. O relatório dos observadores as eleições insiste no entanto  de que foi um “autêntico fiasco e houve fabricação de resultados fantasmas”.