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Actualizado de Segunda a Sexta

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Redacção

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A Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) afirma que a greve desencadeada a 29 de Abril último, à escala nacional, já fez 327 óbitos. Segundo a APSUSM, alguns profissionais de diversas unidades sanitárias do país estão a ser alvo de ameaças psicológicas, com destaque para transferências para zonas recônditas, assédio moral, abertura de processos disciplinares entre outros, pelo facto de estarem a aderir à greve.

 

“Estamos a sofrer assédio moral por parte dos directores clínicos das unidades sanitárias distritais da saúde, provinciais, administradores, chefes de recursos humanos e outros que nos coagem a trabalhar sob ameaça de marcação de faltas”, disse em conferência de imprensa havida ontem (06) o presidente da associação, Anselmo Muchave.

 

Queixa-se também de chamadas para reuniões clandestinas em locais duvidosos, violência psicológica entre outras formas de coação. A APSUSM afirma que 95% dos profissionais da Saúde aderiram à greve e alega que a maior parte dos óbitos anunciados ocorreram no Hospital Central da Beira (HCB).

 

Questionado sobre evidências que provem as ameaças, disse ter em sua posse dados, informações, imagens, áudios e outros.

 

“Vamos partilhar com os órgãos de informação, porque a maioria dos directores age como se não conhecesse a lei”.

 

Segundo Muchave, persiste a falta de medicamentos médico-cirúrgicos, pagamento justo de horas extras, falta de alimentação de pacientes internados, superlotação de camas nos hospitais, entre outros.

 

“Passamos ao reenquadramento definitivo dos técnicos de regime geral e específico, tivemos cortes na continuação dos estudos por parte dos profissionais da saúde, falta de uniforme que o governo terminou de dar no mês de Dezembro de 2023, falta de alimentação para os pacientes e muitas unidades sanitárias não têm camas nem lençóis. O exemplo disso é a maternidade do Hospital Central de Maputo”, disse Muchave.

 

Consta ainda do seu caderno reivindicativo o não pagamento do subsídio de cirurgia no valor de três mil meticais aos técnicos superiores de cirurgia e enfermeiras de saúde materna infantil com a componente cirúrgica, pois estes asseguram os blocos operatórios do Rovuma ao Maputo.

 

Muchave disse igualmente que a maioria dos óbitos que ocorrem nos hospitais também estão associados à falta de alimentação. Disse que há pacientes que saem dos distritos e que não têm famílias nas sedes distritais e provinciais. Estes pacientes às vezes não conhecem ninguém perto e, por isso, não têm como se alimentar e acabam sucumbindo à fome.

 

Explicou que muitas unidades sanitárias do país estão a funcionar a meio gás e perante esta situação os hospitais centrais de Maputo, Beira, Nampula, Quelimane, o Hospital Provincial de Manica e outros ressentem-se mais da sobrecarga, tendo em conta que recebem todos pacientes dos distritos para cidades.

 

A fonte disse ainda que a greve dos profissionais da Saúde mantém-se até que o governo cumpra com o acordado. Reagindo aos pronunciamentos da APSUSM, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, negou estar a ocorrer a greve dos profissionais de saúde nos hospitais do país.

 

“Nenhuma Unidade Sanitária do país está em greve e todas as informações transmitidas pelos profissionais de saúde sobre as mortes e a situação actual dos hospitais é falsa”, desmentiu Tiago.

 

O Ministro da Saúde desdramatizou a greve dos profissionais de saúde, avançando que o Governo já garantiu grande parte das exigências da classe, apresentadas no caderno reivindicativo.

 

Nesta senda, Tiago revelou que 60 mil profissionais de saúde já foram reintegrados e há consensos progressivos, mas apelou à paciência da classe.

 

“Neste momento estamos no processo de confirmação de nomes pela Inspecção Geral das Finanças, para se proceder com o pagamento dos subsídios de horas extras. Estamos também a regularizar o pagamento do subsídio de turno, mas, por se tratar de vários funcionários, poderão ocorrer alguns erros”, frisou.

 

Tiago explicou ainda que está tudo acautelado nas unidades sanitárias e, por esta razão, alguns hospitais estão inclusive a passar por um processo de reabilitação, como são os casos do Hospital Geral de Xai-Xai, na província de Gaza e dos Hospitais José Macamo e Mavalane em Maputo. (Carta/AIM)

Cerca de 40 por cento da população moçambicana, ou seja, mais de 13 milhões de pessoas, sofrem de hipertensão arterial, revelou ontem (06) o Ministro da Saúde, Armindo Tiago. Tiago anunciou o facto durante o lançamento do projecto “Prevenção e Controlo das Doenças Não Transmissíveis”.

 

“A prevalência da hipertensão em Moçambique está entre as mais elevadas nos países em desenvolvimento, estimando-se em cerca de 40 por cento, variando com a faixa etária”, disse o governante.

 

Disse igualmente que dados de estudos realizados em 2015 indicam que a prevalência da diabetes mellitus no país é superior a sete por cento.

 

“Entre os indivíduos dos 15 e 49 anos, o cancro já representa a terceira causa de morte, oito por cento das mortes, segundo os dados do COMSA (Sistema de Vigilância de Eventos Vitais e Causas de Morte)”, avançou Tiago.

 

O ministro justificou o elevado peso das doenças não transmissíveis no país como sendo resultado de uma maior exposição a diversos factores de risco tais como o consumo excessivo de álcool, tabaco, sedentarismo, consumo excessivo de alimentos gordurosos, salgados e açucarados.

 

“Apesar de altas prevalências, as doenças não transmissíveis são preveníveis, particularmente através da redução da exposição aos factores de risco. Portanto, com a colaboração e o engajamento de todos, particularmente do indivíduo, poderemos alcançar ganhos consideráveis na redução da prevalência destas doenças”, esclareceu.

 

Actualmente, segundo o ministro, Moçambique passa por uma transição epidemiológica caracterizada por manutenção do peso elevado das doenças transmissíveis e um aumento considerável da prevalência de doenças não transmissíveis como as doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, cancro, doenças respiratórias crónicas e o trauma.

 

E Itália desembolsa cinco milhões de euros para combate às doenças não transmissíveis

 

O Governo Italiano, através da Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), vai desembolsar cinco milhões de euros, ao longo dos próximos três anos, para a prevenção e controlo de doenças não transmissíveis em Moçambique.

 

O financiamento vai reforçar as actividades do Ministério da Saúde (MISAU) e tem como foco três províncias prioritárias, nomeadamente, Sofala e Zambézia no centro do país e Maputo, sul. A informação foi partilhada ontem, em Maputo, pelo embaixador da Itália acreditado em Moçambique, Gianni Bardini.

 

Bardini disse que a canalização destes fundos é de extrema importância para a identificação precoce e tratamento das doenças não transmissíveis.

 

“É um projecto muito abrangente. Em primeiro lugar vai auxiliar o fornecimento de equipamento, incluindo material de laboratório e medicamentos. O segundo ponto é a formação a vários níveis, o terceiro ponto é o rastreio que permite a identificação de doenças e intervenções nelas ainda precoces”, defendeu.

 

Disse que vai contribuir ainda em acções de sensibilização e no aprofundamento da conexão entre as “deficiências e as doenças não transmissíveis”.

 

O ministro da Saúde, por sua vez, destacou o papel da Itália no combate às doenças não transmissíveis.

 

“A Agência Italiana de Cooperação para o Desenvolvimento tem desempenhado o seu papel apoiando o Ministério da Saúde na redução da morbi-mortalidade por doenças não transmissíveis, através do reforço da capacidade de vigilância, prevenção, fornecimento de meios de diagnóstico bem como do apoio na aquisição e distribuição de medicamentos”, disse Tiago.

 

“Estamos convictos de que este programa, aliado aos esforços empreendidos pelo Ministério da Saúde, irá reforçar a capacidade do sector em aumentar o acesso a serviços de prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças não transmissíveis”, assegurou.

 

Apelou ainda aos gestores de saúde aos níveis provincial e distrital, para se empenharem na implementação do projecto e garantirem que o mesmo contribua para ganhos adicionais nos indicadores de saúde da população.

 

O programa “Prevenção e Controlo das Doenças Não Transmissíveis” será implementado numa fase inicial em cerca de 20 unidades sanitárias, sendo sete da província de Zambézia, igual número de Sofala e seis de Maputo. (AIM)

Uma adolescente de nome Akima da Sónia Horácio Huo, de 19 anos de idade, foi encontrada morta numa vala e com sinais de violação sexual e agressão física, na estrada circular de Maputo, bem próximo à Vila Pitanga, em Marracuene, na província de Maputo.

 

O cadáver apresentava vários golpes, inclusive com um dos braços quebrados, o que leva a presumir que a vítima tenha tentado lutar com os agressores, que a violentaram sexualmente e, depois, assassinaram-na para evitar que fossem denunciados.

 

No local onde o corpo foi abandonado havia vários preservativos espalhados. Alguns moradores que residem próximo do local onde foi encontrado o corpo contaram à “Carta” que, por volta das 03h00 de madrugada deste domingo (05 de Maio), ouviram a voz da adolescente a correr enquanto gritava por socorro (chamava pela sua mãe), mas quando saíram não conseguiram perceber donde vinha a voz porque a menina já havia desaparecido.

 

“Na altura em que saímos para perceber de onde vinha a voz que pedia socorro, não conseguimos ver nenhum rasto, provavelmente, porque os bandidos tinham puxado a menina para uma mata que há por aqui e amordaçaram-na para que não continuasse a gritar. Ela foi encontrada com um pano na boca”, explicou um dos moradores.

 

No local da ocorrência, o chão estava completamente “maltratado”, o que sugere que ela tentou resistir, mas acabou sendo dominada, violada e morta. Posteriormente, o cadáver foi deixado de barriga para baixo.

 

Entretanto, logo pela manhã, a mãe da adolescente que não sabia que a sua filha não tinha dormido em casa, ao se aperceber do seu desaparecimento, solicitou uma vizinha e começaram a procurar pelo bairro. Em poucas horas, ficaram a saber que uma menina tinha sido encontrada morta e a mãe não queria aceitar que se tratava da sua filha.

 

Aos prantos e gritos, Sónia Horácio Huo, mãe da falecida, preferia acreditar que a sua filha ia voltar e dar-lhe um abraço. Mas por volta das 12h00, depois do pai da adolescente se ter dirigido ao Hospital de Marracuene, veio a confirmação de que se tratava da Akima. A adolescente perdeu a vida depois da sua mãe ter repetido diversas vezes que ela não devia sair sozinha no período nocturno, porque um dia o pior podia acontecer. A profecia da sua mãe cumpriu-se.

 

Akima tinha 19 anos de idade, era a primeira filha de Sónia Huo e Carlos Alfredo Manjate, nascida na província de Inhambane, onde vivia com os avós maternos. Em 2022 veio residir em Maputo com os seus pais e frequentava a 11ª classe na Escola Secundária Gwaza Muthini.

 

Neste momento, o corpo da vítima encontra-se na morgue do Hospital Central de Maputo, para a realização da autópsia para se apurar as causas da morte. (M.A.)

Um número não especificado de terroristas que há dias escalou a aldeia Nsangue e as ilhas Tambuzi, Quifuque, em Mocímboa da Praia, e Vamize, em Macomia, onde saquearam bens da população, foi morto num confronto com as Forças de Defesa do Ruanda.

 

Segundo apuramos, as forças ruandesas lançaram uma operação nas zonas de Calugo e Ulo, onde ainda circulavam os terroristas que recentemente protagonizaram incursões naquelas regiões.

 

As fontes disseram à "Carta" que, como resultado, no último fim-de-semana, as forças ruandesas conseguiram trazer a uma vila uma embarcação que os terroristas tinham “levado” na quarta-feira passada, aquando do ataque às ilhas de Tambuzi, Quifuque e Vamize.

 

"Nós vimos a embarcação, foi trazida pela força ruandesa", disse o pescador Ali Mussa, que acrescentou: "a pesca de malhação (peixe pequeno) também foi retomada nestes dias", explicou.

 

Refira-se que, no passado dia 1 de Maio, um grupo de terroristas atacou as ilhas Tambuzi e Quifuque e, no dia seguinte, a ilha Vamize, roubando diversos bens de pescadores. (Carta)

Soldados do Exército da África do Sul posicionados nas fronteiras de KwaZulu-Natal com Moçambique e E-swatini impediram que mais de 5,5 milhões de rands em drogas ilegais chegassem aos consumidores sul-africanos em Abril.

 

A apreensão representa a maior parte do valor de R6 883 030 em drogas confiscadas de contrabandistas em todas as fronteiras terrestres da África do Sul durante o quarto mês de 2024, como parte da tarefa de protecção de fronteiras pela Força de Defesa Nacional da África do Sul, durante patrulhas da “Operação Corona” no passado mês de Abril.

 

As drogas, não especificadas pela Divisão de Operações Conjuntas, foram interceptadas, confiscadas e entregues à polícia na fronteira do Estado Livre com o Lesoto (R781 568), Limpopo/Zimbabwe (R485 106) e Noroeste/Botswana (R80 388).

 

O contrabando não especificado, que vai desde cigarros e outros produtos do tabaco, até bebidas alcoólicas, cosméticos, vestuário, calçado e produtos farmacêuticos, avaliado em mais de 900 000 rands, foi confiscado de potenciais contrabandistas ao longo das quatro fronteiras terrestres da África do Sul no mês passado.

 

A maior apreensão, em termos de valor, ocorreu ao longo da fronteira Mpumalanga/Moçambique, em R586.930.

 

Não obstante o posicionamento dos soldados, bem como dos guardas e funcionários da Autoridade de Gestão das Fronteiras (BMA) para impedir a entrada clandestina, os imigrantes ilegais continuam a chegar à África do Sul.

 

Em Abril, 461 foram interceptados e entregues à polícia e a funcionários do Departamento de Assuntos Internos (DHA), sendo o maior número de Lesotho, com 173.  Em segundo lugar está o Zimbabwe com 143, seguido do Botswana, com 21.

 

Uma apreensão notável em Abril foi a de armas, de tipo e calibre não especificados, retiradas de Lesoto na tentativa de acesso à África do Sul através da fronteira do Estado Livre.

 

Com soldados patrulhando as fronteiras terrestres da África do Sul, a polícia conseguiu este mês apreender cerca de 5 milhões de rands em suspeita de cocaína transportada através de Mpumalanga. O Serviço de Polícia Sul-Africano (SAPS) disse que prendeu um homem de 23 anos com cocaína estimada em R4 583 370 no passado dia 2 de Maio. (Defence web)

Caiu o pano, na noite de domingo, sobre a I Sessão Extraordinária do Comité Central, uma reunião “sinistra” e imprevisível, que pôs fim à novela da sucessão no partido Frelimo. Convocada para durar apenas um dia, a reunião acabou levando três dias, tendo havido informações dando conta de um possível adiamento, devido à falta de consenso sobre os nomes que deviam ir à votação.

Ana Rita Sithole, deputada e membro do Comité Central da Frelimo, disse não ter ficado surpresa com a prorrogação do prazo dos debates, em mais de 20 anos de militância, nunca testemunhou um processo de sucessão que tenha durado apenas um dia. Quem também não se recorda de uma sucessão fácil é Celso Correia, que comparou aquele processo ao serviço de parto. “De Partos difíceis sempre nascem meninos bonitos”, defende.

No entanto, se a prorrogação da reunião, de um para três dias, não surpreendeu os “camaradas”, a organização e os resultados do encontro surpreenderam a todos e todos. À partida, Aires Ali, José Pacheco e Basílio Monteiro eram considerados “favoritos” dos membros do Comité central, enquanto Roque Silva despontava como a principal aposta de Filipe Nyusi, tendo Daniel Chapo e Damião José como “fauna acompanhante”, porém, acabou sendo o Governador de Inhambane a estrela da noite.

 

De fora, os jornalistas viviam um dos maiores martírios profissionais da sua vida. Durante os três dias, os profissionais da comunicação social moçambicana foram proibidos de atravessar o portão da Escola Central da Frelimo, tendo montado as suas Redacções numa área destinada ao lazer e ao estacionamento de viaturas.

 

Aliás, diferentemente das reuniões anteriores, os jornalistas não tiveram qualquer crachá para cobrir o evento, sendo que o acesso ao pátio e à sala de sessões, horas antes do encerramento, foi feito mediante uma chamada nominal e pela segurança do Chefe de Estado. Neste quesito, os jornalistas foram submetidos a três processos de “confirmação” dos nomes e presenças. Apenas funcionários do Gabinete de Imprensa do Presidente da República estavam acreditados.

 

Para além das restrições no acesso ao pátio da Escola Central da Frelimo, os jornalistas foram submetidos a uma seca de informação. Durante os três dias do Comité Central, o partido Frelimo não se dignou a prestar quaisquer informações aos jornalistas, sendo que as poucas informações foram obtidas através de Manuel Formiga (antes de ser humilhado publicamente pela sogra) e pelo solícito jurista Teodoro Waty, que se tornou, de forma involuntária, o porta-voz da reunião. Ludmila Maguni, porta-voz do partido, sequer deu a cara aos jornalistas.

 

Com o blackout “declarado” aos jornalistas, as fake news prosperaram e o processo eleitoral correu longe dos holofotes, não tendo sido divulgados os resultados oficiais da primeira volta da eleição. Também não foi possível testemunhar a campanha eleitoral realizada pelos candidatos e muito menos o famoso “jogo das malas”, que reinou no escrutínio de 2014.

 

As restrições no acesso à Escola do partido Frelimo não só eram exclusivas aos jornalistas, mas também aos seguranças da “nomenklatura”, comumente conhecidos como Ajudantes de Campo (ADC). A par dos jornalistas, os seguranças (na sua maioria agentes da Unidade de Protecção de Altas Individualidades) também estavam acantonados no exterior do pátio, sendo que só tinham acesso ao recinto apenas à hora do almoço para passarem refeições.

 

Refira-se que a ausência de informação e as restrições no acesso ao recinto da Escola Central da Frelimo juntam-se aos ajustes às logísticas financeira e operativa dos órgãos de comunicação social, inicialmente desenhadas para um dia e que tiveram de ser reajustadas a cada dia. De resto, tratou-se de um conclave em que os comerciantes (de refeições e bebidas alcoólicas) começaram tímidos, mas acabaram sendo os principais “vencedores” do fim-de-semana, a avaliar pelo fluxo do negócio.

 

Sublinhar que, no conclave do último fim-de-semana, participaram apenas os membros efectivos e suplentes do Comité Central e os Presidentes Honorários, convidados permanentes do órgão, numa reunião “sinistra” e com resultados imprevisíveis. (A. Maolela)

No domingo, 5 de Maio, o segundo partido da oposição, MDM (Movimento Democrático de Moçambique), anunciou que escolheu como candidato presidencial Lutero Simango, chefe do seu grupo parlamentar e irmão do fundador do partido Daviz Simango (que morreu de Covid em 2021). O outro candidato foi o edil da Beira, Albano Carige, que desistiu.

 

A Renamo ainda não escolheu o seu candidato, mas fá-lo-á num congresso de 15 a 16 de Maio, na Zambézia. Afonso Dhlakama liderou a Renamo desde 1979 durante a guerra que terminou em 1992, até morrer de doenças relacionadas com a diabetes, a 3 de Maio de 2018. 

 

O antigo guerrilheiro Ossufo Momade – e actual Presidente - foi eleito num congresso na base da Renamo na Gorongosa, a 17 de Janeiro de 2019, para um mandato de cinco anos, que alguns dizem que já expirou. A Renamo tem dois jovens dinâmicos, Manuel de Araújo, que é presidente da autarquia de Quelimane, e Venâncio Mondlane, que foi eleito presidente da autarquia de Maputo no ano passado, mas sua vitória foi recusada pelo Conselho Constitucional. Ossufo Momade, para ser nomeado candidato presidencial na próxima semana, está a marginalizar Mondlane e Araújo e pode impedi-los de participar no Congresso.

 

Lutero Simango e Ossufo Momade são activistas muito mais fracos que os seus antecessores e estão a ser desafiados por líderes locais mais jovens e mais dinâmicos. Mas parece que ambos os líderes estão satisfeitos por permanecerem como partidos oficiais da oposição. 

 

O MDM é efectivamente um partido familiar que conquistou e governa a Beira com sucesso, e parece feliz por continuar assim. A geração mais jovem na Renamo quer que o partido seja hoje uma oposição política à Frelimo, e não uma oposição guerrilheira de há três décadas. Mas Momade parece feliz por ser líder da oposição, recebendo dinheiro significativo do governo.

 

Nem os líderes do MDM nem da Renamo vêem os seus partidos como uma oposição que pode vencer, enquanto os membros mais jovens dizem "nascemos depois da guerra e queremos ser uma oposição que pode vencer a Frelimo". (JH)

3ª edição de Pesquisa nacional envolveu mais de 200 organizações

 

Pelo terceiro ano consecutivo, a Tempus Global Group vai distinguir, no dia 16 de Maio, as empresas e organizações que mais se destacam em Moçambique pela excelência na Proposta de Valor ao Colaborador. A cerimónia de entrega de prémios vai realizar-se durante um jantar de Gala, a ter lugar no Polana Serena Hotel, em Maputo, e contará com a presença dos representantes (directores de RH e directores gerais) das empresas e organizações reconhecidas.

 

A distinção acontece no âmbito da 3ª edição do Elite Employer, um programa da Tempus Global Group que tem como base os dados mensuráveis resultantes da Pesquisa Nacional de Benefícios e Gestão de Capital Humano, o maior estudo de benefícios já feito em Moçambique. A 3ª edição da Pesquisa decorreu de Setembro a Novembro de 2023 e contou com a participação de mais de 200 organizações, entre os sectores privado, público, ONGs e Agências de Cooperação.

 

A Tempus Global Group acredita que o sucesso de qualquer organização está intrinsecamente ligado à felicidade e bem-estar dos seus funcionários, por isso criou o Elite Employer, um programa pioneiro em Moçambique. Ser Elite Employer significa ser uma empresa que coloca os colaboradores na vanguarda das suas prioridades, compreendendo que uma força de trabalho feliz, saudável e comprometida é a espinha dorsal de qualquer organização próspera.

 

O caminho para se tornar um empregador de elite implica muitos desafios em Moçambique. Requer dedicação, compromisso e um genuíno entendimento das necessidades únicas, tanto dos empregadores como dos funcionários.

 

As 37 organizações que serão premiadas este ano destacaram-se em cinco pilares-chave: Remuneração e Benefícios, Ambiente de Trabalho, Oportunidades de Carreira, Cultura da Empresa, e Equilíbrio entre Vida Profissional e Pessoal.

 

Este ano, o evento contará com convidados especiais de algumas organizações internacionais como Hanna Meirelles, instrutora internacional, Facilitadora de Desenvolvimento e fundadora da empresa LIFE LEVEL 10. Especialista em Planeamento Estratégico e Desenvolvimento de Gestão, bem como em Liderança, Cultura e Diversidade, Hanna Meirelles trabalhou, nos últimos 20 anos, em todo o mundo, formando líderes e empresários em vários sectores. Empreendedora desde muito cedo é a única brasileira a fazer parte da equipa global de treinadores da Sucess Resources.

 

A 3ª edição do Elite Employer é apoiada pela Hollard e conta com a equipa sénior de consultoria da Tempus Global Group. (Carta)

“O que fazem de diferente as mulheres que chegam ao topo na liderança de grandes empresas”, foi o tema do evento realizado, na quinta-feira, 2 de Maio, pelo Access Bank Mozambique. Entre clientes e colaboradoras do Banco, o encontro juntou mais de 50 mulheres e teve como oradoras Glayds Gande, Senior Manager de Business Consulting na Ernst & Young e Vice-Presidente da New Faces New Voices (NFNV); Clara Neves Directora executiva da Be Bold; Carmen Mogne, Directora interina do Enterprise Business Support (EBS) e Project Management Office (PMO), e Sheila Langa, Responsável pela Área Financeira, Impostos, Custos e Relatórios Regulamentares do Access Bank Mozambique.

 

Durante o evento debateram-se temas essenciais para o crescimento e sucesso das mulheres, como a inclusão financeira e a capacitação em cargos de liderança, apontando também estratégias para as mulheres se destacarem profissionalmente. As oradoras partilharam as suas próprias experiências, defenderam o importante papel que a mulher desempenha na sociedade e apontaram os muitos desafios que ainda são necessários ultrapassar para ocupar cargos de chefia. A falta de representação, os estereótipos de género e barreiras profissionais, foram também temáticas em análise.

 

Ao longo da sessão, a Directora interina do EBS e PMO, Carmen Mogne, afirmou que “a jornada das mulheres para alcançar posições de liderança pode ser desafiadora, mas é fundamental persistir e nunca desistir dos seus objetivos”. “Encorajo todas as mulheres a acreditarem no seu potencial, a levantarem as suas vozes e a se apoiarem mutuamente para inspirar as próximas gerações de mulheres”, disse aquela responsável.

 

O Administrador Delegado do Access Bank Mozambique, Marco Abalroado, defende que “iniciativas como esta são o reflexo do empenho do Banco na diversidade e na inclusão das mulheres em cargos de liderança”.  “Nós reconhecemos o valor das mulheres na liderança e estamos comprometidos em promover um ambiente inclusivo e diversificado”, sustentou o mesmo responsável.

 

O Access Bank afirma o seu compromisso em continuar a promover inúmeras acções ligadas ao empoderamento feminino. Também esta iniciativa se enquadra no âmbito do compromisso e apoio que o Access Bank tem dado a vários projetos de inclusão da mulher na sociedade e nos negócios. 

Teve lugar, na sexta-feira (26), a entrega de prémios aos primeiros vencedores da Campanha de Incentivo à Domiciliação de Salários no BCI-"Daqui ganhas mais". O evento envolveu os três contemplados do 1º sorteio bimestral, nomeadamente os clientes Ambrósio Nelson Julião Lumenta, província de Nampula, que conquistou o 1º lugar, arrecadando cem mil; Nazário Adolfo, cidade de Pemba, que ficou em 2º lugar, com cinquenta mil; e Mário Cumbe, cidade de Maputo, a quem coube o 3º lugar, o correspondente a vinte e cinco mil meticais.

 

Nas cerimónias de entrega de prémios, os clientes mostraram-se entusiasmados e manifestaram agrado por terem sido contemplados. Encorajaram o BCI a continuar a proporcionar o melhor para os seus clientes, e a prosseguir com iniciativas desta natureza, que constituem mais um incentivo.

 

Habilitam-se a conquistar mais três prémios bimestrais, os clientes que passarem a domiciliar o salário no BCI até Junho, período em que decorrerá o próximo sorteio.

 

Para além destas distinções, no próximo mês de Agosto, todos os clientes particulares do Banco que tenham o salário domiciliado no BCI, poderão habilitar-se a ganhar o Grande Prémio, constituído por uma viatura 0km da marca Renault Duster, para o 1º prémio, e mais 2 viaturas 0km da marca Mahindra KUV para o 2º e 3º prémios.

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