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BCI
segunda-feira, 06 maio 2019 04:20

Liberdade de imprensa pode ter regredido em Cabo Delgado

Apesar de algumas organizações não-governamentais terem, nos últimos tempos, contribuído para o desenvolvimento da impressa comunitária, em Cabo Delgado, a meta está longe de ser atingida. E há mesmo quem considere que a liberdade de imprensa possa ter regredido, consideravelmente, na província, em particular nas 13 rádios e centros multimédias comunitárias espalhados pelos distritos, depois da detenção do jornalista Amade Abubacar.

 

 

Muitas das vozes locais estão amarradas aos desejos políticos do regime, desviando-se do seu papel e trazendo relatórios e informações irrelevantes ao invés de notícias. Jornalistas locais dizem viverem sob um clima de medo geral, sobretudo nos distritos. E os critérios do jornalismo como a verdade e a independência já não são observados.

 

Numa visita às páginas de Facebook de quase todos os “medias” comunitários de Cabo Delgado é visível a falta de actualização dos mesmos, deixando claro que a liberdade de expressão e de imprensa ao nível dos distritos pode estar a morrer, em Cabo Delgado. O desafio de assegurar uma liberdade de imprensa plena, na província de Cabo Delgado, não reside apenas nos distritos, mas também ao nível da capital, onde a classe jornalística tem sido criticada devido à falta de imparcialidade. (Carta)

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