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quinta-feira, 26 dezembro 2019 03:02

PRM mantém discurso sobre Cabo Delgado: São “esporádicas incursões”

O Comando-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) diz que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão em permanente prontidão combativa e têm estado a incrementar acções operativas nalguns distritos do norte da Província de Cabo Delgado, visando repelir e combater os malfeitores que “têm tido esporádicas incursões, tendo como alvos civis e as FDS”.

 

Esta informação consta de um comunicado enviado à nossa redacção, esta segunda-feira, 23, pela PRM, numa altura em que os distritos de Muidumbe, Macomia, Mocímboa da Praia, Palma e Nangade têm sido, constantemente, atacados pelos insurgentes – como aconteceu entre sexta-feira e domingo, datas em que ocorreram vários ataques a aldeias daqueles distritos da Província de Cabo Delgado.

 

Segundo apurámos de fontes militares, foram atacados na manhã de Domingo (22) um tanque militar e uma viatura da marca Nissan, de caixa aberta. O ataque ocorreu a 4 km da Aldeia de Chitunda, no Distrito de Muidumbe, na Estrada Nacional que liga os distritos de Mocímboa da Praia à Cidade de Pemba. Estranhamente, os ataques ocorreram no mesmo local onde sexta-feira (20), os insurgentes atacaram três viaturas, que resultaram em dois mortos.

 

Na mesma sexta-feira, o Presidente da República, Filipe Nyusi, discursando no Distrito do Lago, Província de Niassa, durante a inauguração das novas instalações da Igreja Anglicana, disse estar disponível para dialogar com os homens armados que têm protagonizado ataques em Cabo Delgado desde Outubro de 2017.

 

O Presidente Nyusi disse: “os nossos irmãos estão a ser mortos em algumas zonas de Cabo Delgado por pessoas que não sabemos quem são nem o que querem. Se nos dissessem, sentar-nos-íamos com essas pessoas para podermos dialogar”. Nyusi afirmou ainda que a paz é a condição para o desenvolvimento em Moçambique.

 

Os ataques em Cabo Delgado têm sido controversos e já mataram mais de 300 pessoas, entre civis e militares, segundo dados oficiais e já provocaram mais de 65 mil deslocados. Os distritos a norte de Cabo Delgado possuem várias aldeias abandonadas e propriedades públicas e privadas destruídas. (Carta)

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