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segunda-feira, 28 fevereiro 2022 14:17

Eni e Moçambique acordam iniciativas conjuntas para a produção de biocombustíveis

A Eni e o Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural da República de Moçambique (MADER), através do Instituto do Algodão e Oleaginosas de Moçambique, IP (IAOM), celebraram hoje um acordo de cooperação e desenvolvimento de projectos agrícolas em Moçambique, com o objectivo de produzir sementes oleaginosas e óleos vegetais que serão usados como matéria prima para a produção de biocombustíveis.

 

Com base neste acordo, a Eni e o MADER vão identificar potenciais locais e culturas apropriadas para a produção de oleaginosas e óleos vegetais, com maior foco para as áreas consideradas não competitivas para a produção de alimentos e tendo em consideração a preservação das florestas e dos ecossistemas naturais. As outras iniciativas incluem a recolha e valorização de resíduos agrícolas e de agro-processamento, de produtos e co-produtos para a produção de matéria prima e soluções naturais de carbono.

 

De acordo com o Mader, existe atualmente uma oportunidade de mercado avaliado em 5 milhões de UDS e a ENI possui uma capacidade actual para absorver mais de 1 milhão de toneladas de oleaginosas.

 

Recorde-se que, na campanha 2021, a produção de oleaginosas em Moçambique cresceu 26%, com a produção de girassol a crescer 55%, a do algodão 37%, e soja 35 % e  gergelim 25%. Por outro lado, as oleaginosas têm o potencial de sustentar 15 milhões de moçambicanos, através da integração de 3 milhões de produtores familiares nas cadeias produtivas.

 

A assinatura deste acordo vem dar seguimento ao Memorando de Entendimento assinado entre a Eni e o Governo de Moçambique em Outubro de 2019, com vista a definição conjunta de projectos de desenvolvimento sustentável e descarbonização, para apoiar a Agenda Nacional e Local de Desenvolvimento Económico e Social do país e enquadra-se no compromisso da Eni de acelerar a transição energética nos países produtores de combustíveis fósseis, promovendo a integração do continente africano na cadeia de valor dos biocombustíveis, através de iniciativas de agronegócio e desenvolvimento industrial, destinadas à produção de biocombustíveis avançados que vão ajudar na descarbonização do sector de transportes e na promoção de oportunidades de desenvolvimento. (Carta)

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