A empresa pública Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), uma das maiores produtoras de energia na África Austral, contribuiu com 3.6 mil milhões de Meticais em dividendos para os cofres do Estado, de Janeiro a Junho de 2023.
Os dados constam do Balanço do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado, referente ao primeiro semestre de 2023. O informe semestral do Governo detalha que, das seis empresas classificadas, a contribuição da HCB é a mais expressiva, representando um peso de 64.6 por cento do total de dividendos pagos no período em análise, no montante de 5.6 mil milhões de Meticais.
Depois da HCB, destaca-se também a empresa pública Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique cujo montante foi de cerca de 1.2 mil milhão de Meticais, valor que representa um peso de 21 por cento do total de dividendos pagos pelas empresas.
Em terceiro lugar ficou o Banco Internacional de Moçambique (BIM), cuja contribuição no valor de 636.9 milhões de Meticais representa um peso de 11.3 por cento do total de dividendos.
A contribuição da Companhia Moçambicana e Hidrocarbonetos (CMH) foi de 178.6 milhões de Meticais que representam um peso de 3.2 por cento do total de dividendos pagos ao Estado no primeiro semestre. As restantes duas, Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) e Mozal, não contribuíram no primeiro semestre, mas no período homólogo do ano passado, canalizaram 87.8 milhões e 200.7 milhões de Meticais, respectivamente, em dividendos.
Se no primeiro semestre a receita total em dividendos foi de 5.6 mil milhões de Meticais, o valor representa um crescimento em 153.6 por cento em relação ao primeiro semestre de 2022, em que o montante foi de 2.2 mil milhões de Meticais em dividendos pagos pelas empresas detidas ou participadas pelo Estado.
Os dividendos representam 3.8 por cento no total da receita colectada pelo Governo no primeiro semestre de 2023, no montante de 146.7 mil milhões de Meticais contra 133.8 mil milhões de Meticais de igual período de 2022. (Carta)