O Grupo Banco Mundial (BM) vai doar, o mais breve possível, 350 milhões de USD ao nosso país para a reconstrução da zona centro, após ser devastada pelo ciclone IDAI, em meados de Março último. A informação foi partilhada, na última sexta-feira (03 de Maio), pelo presidente daquela instituição, David Malpass, no âmbito da visita de dois dias que efectuou ao país.
Para além de Moçambique, o BM vai também apoiar outros países da região que foram assolados pelo ciclone, nomeadamente Malawi (120 milhões de USD) e Zimbabwe (75 milhões de USD). No total, o BM vai disponibilizar 700 milhões de USD (dos mais de meio bilião de USD que mobilizou) em apoio aos países atingidos pela tempestade. Daquele universo, os quase 150 milhões de USD foram recentemente fornecidos em recursos a partir de projectos existentes.
As doações enquadram-se na Janela de Resposta a Crises (CRW) da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) daquela instituição financeira mundial.
Falando a jornalistas, David Malpass explicou que Moçambique vai receber a metade do valor por ser o país mais atingido pela catástrofe na região. Disse também que o financiamento, a ser gerido pela equipa do BM em Moçambique, deverá servir para restabelecer o abastecimento de água, reconstruir infra-estruturas públicas, culturas danificadas, apoiar a prevenção de doenças, a segurança alimentar, a protecção social e os sistemas de aviso prévio nas comunidades que sofrem impactos.
“O ciclone IDAI causou danos catastróficos no início deste ano, que afectaram milhões de pessoas e essa tragédia foi agravada pelo ciclone Kenneth”, disse o Presidente do Grupo BM, após uma visita às áreas afectadas na cidade da Beira.
Relativamente ao mais recente ciclone que afectou a zona norte do país, com maior incidência para a província de Cabo Delgado, Malpass disse que a sua organização está também a trabalhar com Moçambique e as Ilhas Comores para avaliar e responder aos danos causados por aquele fenómeno.
David Malpass visitou o país entre quinta-feira e sexta-feira passadas e no encontro que manteve com o Presidente da República, Filipe Nyusi, prestou a sua solidariedade pelas vítimas e estragos destas calamidades naturais.
Antes de visitar Moçambique, Malpass esteve na Etiópia e Madagáscar para visitar vários projectos financiados pelo grupo BM. (Evaristo Chilingue)