Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

BCI
terça-feira, 11 junho 2019 08:29

Inflação em Maio: Nampula troca com Beira como a cidade mais cara

Quatro meses depois da Cidade da Beira, capital provincial de Sofala, ter sido considerada a mais cara do país, ao registar, de Janeiro a Abril, uma inflação acumulada de 5,19 por cento, agora é a vez da Cidade de Nampula, capital da província com o mesmo nome, conquistar esse protagonismo.

 

Dados do Índice de Preço no Consumidor (IPC), recolhidos nas três grandes cidades do país, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), durante o mês de Maio, revelam que a considerada capital do norte teve a inflação mensal mais elevada, com 0,72 por cento, seguindo-se a Cidade de Maputo com 0,25 por cento. A cidade da Beira, por sua vez, saiu da primeira para a última posição, ao registar uma inflação negativa (-1,91 por cento).

 

Entretanto, em termos homólogos, Nampula foi a vice-campeã ao registar uma tendência desagregada de aumento do nível geral de preços de 2,80 por cento. Na primeira posição, ficou a cidade da Beira com 3,66 por cento e a capital do país esteve na terceira posição com 1,80 por cento.

 

Geralmente, os dados do INE indicam que o país registou, face ao mês anterior (Abril), uma queda do nível de preços na ordem de 0,31 por cento. “As divisões de alimentação e bebidas não alcoólicas, de habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis e de transportes foram as que maior queda de preços registaram, contribuindo respectivamente com 0,19; 0,11 e 0,13 pontos percentuais (pp) negativos”, lê-se no IPC.

 

Na análise da inflação mensal por produto, o INE destaca a queda de preços do tomate (8,8 por cento), do carvão vegetal (5,6 por cento), da gasolina (1,4 por cento), da couve (14,9 por cento), do coco (9,5 por cento), do peixe seco (2,6 por cento) e do peixe fresco (1,7 por cento), que contribuíram no total da inflação mensal com cerca de 0,59pp negativos.

 

“Entretanto, alguns produtos com destaque para o pão de trigo (6,2 por cento), as refeições completas em restaurantes (0,9 por cento), o jogo completo de sofás (3,1 por cento), a farinha de milho (3,9 por cento), a cebola (1,9 por cento), as camisas ou blusas para senhoras (3,3 por cento) e as calças para homens (1,6 por cento) contrariaram a tendência de queda de preços, ao contribuírem com cerca de 0,35pp positivos”, observou o INE.

 

Relativamente a igual período de 2018, os dados do INE demonstram que o país registou uma subida de preços na ordem de 2,42 por cento, tendo as divisões de saúde e de vestuário e calçado sido, em termos homólogos, as que tiveram maior variação de preços com 6,06 por cento e 4,57 por cento, respectivamente. (Evaristo Chilingue)

Sir Motors

Ler 2835 vezes