A custar actualmente entre 380 a 405 Meticais, o saco de 50 kg, o preço do cimento poderá encarecer ainda mais nos próximos dias, avançou segunda-feira (22), em Maputo, o Director Geral da Cimentos de Moçambique (CM), Edney Vieira.
Falando no âmbito da comemoração dos 95 anos de existência da empresa (CM), Vieira explicou que o agravamento do preço dever-se-ia ao elevado custo de importação, via marítima, do Clinquer, a principal matéria-prima para a produção do cimento.
“Ao abrigo do Acordo de Paris, os organismos internacionais estão a impor aos transportadores marítimos a redução de emissões a um nível mais baixo. Assim, para aqueles que têm navios antigos (por sinal a maioria) devem investir dois ou três milhões de USD em máquinas novas, mas eles não têm isso. Então, são os navios novos que têm essa tecnologia. Ora, importar nessas máquinas é mais caro”, explicou o Director Geral da CM.
Com essa medida, Vieira disse esperar que os custos de importação se elevem na ordem de nove a 10 por cento no preço de Clinquer que, actualmente, é adquirido na Arábia Saudita, facto que em última análise irá reflectir-se no preço final.
O Director Geral da CM não avançou a data da fixação do novo preço do cimento, alegadamente porque tudo depende das imposições dos organismos internacionais no âmbito do referido Acordo que rege medidas de redução de emissão de gases de efeito estufa, a partir de 2020, a fim de conter o aquecimento global abaixo de 2ºC, preferencialmente em 1,5ºC, e reforçar a capacidade dos países de responder ao desafio, num contexto de desenvolvimento sustentável. (Evaristo Chilingue)