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sexta-feira, 22 novembro 2019 06:37

Um em cada três moçambicanos tem acesso a serviços energéticos fiáveis e limpos - UE

Embaixador da União Europeia em Moçambique, António Sánchez-Benedito Gaspar

Dados divulgados, na última quarta-feira (20), pela Delegação da União Europeia (UE), no país, indicam que dos cerca de 28 milhões de moçambicanos, apenas um em cada três, tem acesso a serviços energéticos fiáveis e limpos.

 

Perante o cenário, a UE entende que proporcionar acesso à electricidade à população requer um investimento considerável em termos de novas centrais de geração no país. Para fazer face a esse problema, um comunicado recebido na nossa redacção diz que a UE, a Noruega e o Governo de Moçambique lançaram, na referida data, o Mecanismo de Preparação de Projectos (MPP) para aquele sector energético.

 

A nota explica que o Mecanismo ora lançado enquadra-se na declaração conjunta sobre Energia Sustentável assinada em 2016 no âmbito do programa PROMOVE ENERGIA que visa apoiar o acesso à energia sustentável e acessível por parte de famílias e empresas localizadas em áreas rurais.

 

A fonte que temos vindo a citar explica que o mecanismo será implementado por um “Centro de Recursos” com foco na capacitação no sector público de energia de Moçambique e na criação dum ambiente de negócios favorável às energias sustentáveis, bem como pelo programa europeu designado “GET.invest”, focado na mobilização do sector privado e no desenvolvimento de um portfólio de projectos de energia renovável.

 

No comunicado, o embaixador da UE em Moçambique, António Sánchez-Benedito Gaspar, é citado a afirmar, durante o lançamento do Mecanismo, que o instrumento faz parte do compromisso daquela organização mundial para providenciar energia às quatro milhões de famílias moçambicanas, muitas delas lideradas por mulheres, que não têm acesso a serviços de energia sustentável.

 

“Ao apostar nas tecnologias de energia renovável, Moçambique também reduzirá significativamente a sua emissão de carbono. De forma a preparar as bases necessárias aos investimentos públicos e privados previstos para os próximos anos, é importante unir forças no reforço das capacidades das instituições públicas, definir um portfólio de projectos bancáveis e criar um ambiente de negócios mais propício apoiado por um quadro legal transparente e uma autoridade reguladora totalmente operacional”, acrescentou o embaixador.

 

Presente na ocasião, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, em representação do Governo, disse estar satisfeito com o apoio da UE, que vai desde o financiamento de projectos de infra-estruturas eléctricas, passando pelo Programa de Energia para Todos, até MPP, cujas actividades se enquadram na Estratégia Nacional de Electrificação.

 

Tonela disse, na ocasião, esperar continuar a contar com o apoio da União Europeia para que o Governo desenvolva ainda mais o sector da energia, em particular da componente de electrificação e aumento de acesso, tendo em vista o alcance do acesso universal em 2030. (Carta)

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