Presente em Portugal, Brasil e Angola, o Banco da China poderá instalar-se em Moçambique nos próximos anos. A informação foi avançada, semana finda, na capital portuguesa, pelo Presidente do Conselho de Supervisão daquela instituição, Wang Xiquan.
Intervindo no enceramento de um evento intitulado “Seminário de Comunicação e Cooperação Financeira Internacional”, enquadrado na iniciativa “Faixa e Rota”, Xiquan disse que a instituição que representa tem o intuito de abrir representações nos países de língua portuguesa, justificando o interesse com o facto de o Banco da China ser de carácter global.
O Banco “servirá de ponte para a comunicação entre a China e os países de língua portuguesa, facilitando a entrada” na China e ajudando “a desenvolver a cooperação nestes países”, acrescentou o Presidente do Conselho de Supervisão daquela instituição citado pelo site Macauhab.
“O Banco da China é um banco global, com o objectivo de prestar serviços e cooperar com os governos de todo o mundo, e gostaríamos de ter cada vez mais intercâmbios nas áreas económicas e financeiras, para podermos ser úteis”, concluiu o Presidente do Conselho de Supervisão daquela instituição.
Refira-se que, em Janeiro deste ano, um grupo de altos oficiais da Autoridade Financeira de Macau e do Banco Nacional Ultramarino também de Macau, anunciou a intenção de introduzir a moeda chinesa, o Renminbi (ou RMB e/ou Yuan) nas transacções comerciais entre Moçambique e China e em investimentos projectados para o nosso país. A justificação do grupo na altura cingiu-se à grande quantidade de projectos de infra-estruturas, exportações e muitos recursos naturais que nos próximos anos receberão investimento da China. (Evaristo Chilingue)