JSPL Mozambique Minerais pretende aumentar a produção de carvão dos actuais 3,0 milhões para 4,5 milhões de toneladas, com efeitos a partir deste ano, disse o director-geral da empresa que opera na localidade de Chirodzi, no distrito de Marara, em Tete, centro de Moçambique.
Rajendra Tiwari disse ao matutino Notícias, de Maputo, que os trabalhos de alargamento da unidade de processamento de carvão, em curso desde o primeiro semestre de 2019, estão na fase final, prevendo-se a sua conclusão este mês de Março.
A subsidiária do conglomerado indiano Jindal Steel and Power Ltd (JSPL), que este ano iniciou a segunda fase de exploração de carvão mineral de Chirodzi, vai procurar elevar os níveis de produção com o objectivo de atingir uma produção anual de 5,0 milhões de toneladas, “o que contribuirá para a sustentabilidade da operação mineira.”
A operar desde meados de 2013, a JSPL Mozambique Minerais conseguiu, em 2019, produzir cerca de 2,4 milhões de toneladas de carvão que foi todo comercializado no mercado asiático.
Esta produção, segundo Rajendra Tiwari, não corresponde ainda às metas da empresa, uma vez que a procura do mercado e a concorrência com outras empresas mineiras que extraem carvão estão a exigir o aumento de produção, produtividade e qualidade do produto final.
O director-geral da empresa apontou, por outro lado, que apesar da fraca qualidade de carvão mineral existente na bacia de Chirodzi em comparação com a bacia carbonífera de Moatize, a procura é satisfatória sobretudo para o carvão de coque que é usado para a indústria de fabrico de aço.
O grande constrangimento da empresa em termos de custos operacionais decorre da distância que vai da mina até ao terminal ferroviário na cidade de Moatize, a cerca de 150 quilómetros, segundo o director-geral da JSPL Mozambique Minerais.(Carta)