A Agência para a Promoção de Investimentos e Exportação de Moçambique (APIEX), uma instituição tutelada pelo Ministério da Indústria e Comércio, prevê a construção, ainda neste ano, de infra-estruturas “semi-permanentes” para substituir tendas que, desde 1965, abrigam os diversos expositores da Feira Agro-Pecuária, Comercial e Industrial de Moçambique, vulgo FACIM.
“Sempre houve essa preocupação de que temos de sair das tendas para infra-estruturas permanentes. Neste sentido, a nossa pretensão é sair de infra-estruturas nómadas, para infra-estruturas semi-permanentes, em primeiro lugar”, afirmou, há dias, o Director-geral da APIEX, Lourenço Sambo.
Em entrevista exclusiva à “Carta”, Sambo avançou já haver o plano para a materialização do projecto. “Já temos o desenho de infra-estruturas necessárias. Não se trata de tendas nómadas”, frisou a fonte.
Para a construção das referidas infra-estruturas, Sambo explicou que a APIEX irá adoptar um modelo de parceria público-privado, no qual o sector privado vai construir, operar e por fim transferir as infra-estruturas para o Estado.
Sambo salientou que o lançamento do concurso para a materialização do plano só pode acontecer quando a tutela sectorial, neste caso, o Ministro da Indústria e Comércio, der aval. “Só estamos à espera do visto do Ministro para partirmos para o lançamento do concurso”, salientou Sambo.
Segundo o Director-geral da APIEX, a serem construídas, as infra-estruturas terão um prazo máximo de três anos. Findo o período, acrescentou a fonte, o Governo deverá lançar novos concursos para a construção de infra-estruturas permanentes com longos anos de duração.
A construção das referidas infra-estruturas deverá acontecer em Ricatla, distrito de Marracuene, na província de Maputo, onde a FACIM ocorre anualmente desde 2011. Refira-se que, para a 56ª edição da FACIM, para a qual as empresas já estão a inscrever-se, irá decorrer de 31 de Agosto a 07 de Setembro 2020 corrente. (Evaristo Chilingue)