Com a subida de preços, o custo de vida dos moçambicanos também subiu, em Março último, em relação a Fevereiro, relata o Índice do Preço no Consumidor (IPC). Todavia, em Março, a subida de preços não foi tão elevada, quanto nos meses anteriores, mesmo com a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (ou Covid-19), fenómeno que causou especulação desenfreada de preços, por parte dos agentes económicos.

Elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o IPC (um inquérito mensal) concluiu que, no mês em análise, o nível geral de preços em todo o país subiu 0,22%, contra uma subida de 0.36% registada em Fevereiro e 0.63% no mês de Janeiro. A prior, esses dados indicam que, no primeiro trimestre, o nível geral de preços cresceu (houve inflação), mas de mês em mês, a percentagem mensal tendeu a reduzir, tendo a menor inflação sido registada em Março, mês em que os preços dispararam nos mercados por efeitos da Covid-19.

De acordo com o INE, para o crescimento do nível geral de preços em 0,22%, em Março, influenciou com maior destaque a divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas, ao contribuir no total da inflação mensal com cerca de 0,19 pontos percentuais (pp) positivos.

“Desagregando a variação mensal por produto, destaca-se a subida de preços do peixe fresco (4,4%), do carapau (2,5%), do óleo alimentar (3,9%), do amendoim (4,3%), da cerveja (0,7%), de bilhetes de entrada para teatro (40,0%) e da batata-doce (7,4%). Estes contribuíram no total da inflação mensal com cerca de 0,31pp positivos, detalha a fonte.

A Autoridade Estatística observou, porém, que preços de alguns produtos com destaque para tomate (5,7%), carvão vegetal (1,0%) e camisas ou blusas para senhoras (3,4%), contrariaram a tendência de subida, ao contribuírem com cerca de 0,18pp negativos.

Analisando a inflação mensal pelos três centros de recolha, que servem de referência para a inflação do país, o INE conclui que a Cidade da Beira teve, em Março último, a inflação mensal mais elevada com 0,43%, seguindo-se as Cidades de Maputo e de Nampula com inflação de 0,25% e 0,03%, respectivamente.

Em termos acumulados, a fonte demonstra que, durante o primeiro trimestre do ano em curso, o país registou uma subida de preços na ordem de 1,22%, estando a divisão de alimentação e bebidas não alcoólicas com maior influência na tendência geral de subida de preços ao contribuir com aproximadamente 0,91pp positivos. (Evaristo Chilingue)