O Governo, através da Direcção Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, anunciou, esta quarta-feira (13), a redução de preços de combustíveis líquidos. Todavia, mesmo com a queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional, devido à crise provocada pela Covid-19, facto que influencia a descida do preço de diferentes combustíveis internamente, o Governo baixou apenas preços de gasóleo e gasolina, mantendo caro o gás de cozinha, petróleo de iluminação e gás veicular.
Com o reajuste, o gasóleo desce dos 63,51 Meticais por litro, para 60,16 Meticais. O preço da gasolina por litro, baixa de 66,49 Meticais, para 64,22 Meticais.
Em conferência de imprensa, o Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis, Moisés Paulino, explicou que a redução dos preços dos combustíveis resulta da dinâmica internacional associada à pandemia Covid-19, onde se verifica a baixa significativa do preço do barril de petróleo no mercado internacional.
“Esta baixa reflecte a queda do petróleo no mercado internacional, no mês de Janeiro para Fevereiro, onde saímos de 63 USD por barril, para 55 USD. Por outro lado, a taxa de câmbio teve um impacto contrário ao dos preços internacionais, tendo o metical se depreciado em 1,4 Meticais face ao Dólar”, explicou Paulino, tendo garantido que, nos próximos meses, o Governo irá reajustar os preços, de acordo com as quedas do barril verificadas nos meses subsequentes, neste caso, Março, Abril e Maio corrente.
Embora o gasóleo e gasolina estejam, a partir desta quinta-feira, 14 de Abril, acessíveis no país, o petróleo de iluminação e gás de cozinha continuarão a custar, respectivamente, 48,44 Meticais por litro e 61,23 Meticais por quilograma equivalente. Igualmente, o gás natural comprimido mantém o preço de 30,35 Meticais por litro equivalente.
O Director Nacional de Hidrocarbonetos e Combustíveis explicou que o Governo decidiu pela manutenção daqueles combustíveis porque o seu preço subiu, devido à maior procura, numa altura em que, por causa da Covid-19, grande parte dos agregados familiares passa maior tempo em casa.
Se se reajustasse o preço do “gás de cozinha, por exemplo, estaria a um nível insustentável para os moçambicanos, pois, há uma maior procura, já que todo o mundo está em casa e, por consequência, os preços dispararam. Há uma gestão interna que fizemos para manter o preço, porque o real seria insuportável para as famílias e a economia. Entretanto, a manutenção dos preços do gás veicular e o petróleo de iluminação foi por força dos cálculos e não pela maior procura”, afirmou Paulino. (Evaristo Chilingue)