O Governo, através do Ministério da Indústria e Comércio (MIC), pretende privatizar a gestão de Silos (sistemas de armazenamento e conservação de produtos alimentares) no país. Em causa está a degradação e fraca operacionalização das infra-estruturas, muito cruciais na reserva de alimentos pós-colheita para o consumo ou comercialização.
Falando semana finda, durante uma visita à província de Niassa, o Ministro do pelouro, Carlos Mesquita, explicou aos empresários locais que a privatização resulta do mau estado em que actualmente os Silos se encontram e, ao privatizar a gestão, o Governo pretende garantir uma reserva estratégica alimentar para responder a qualquer situação de calamidade ou eventual pandemia no país.
“Vimos o estágio em que as infra-estruturas de armazenamento e conservação estão no país e não ficamos satisfeitos. Então, na última terça-feira, levamos ao Conselho de Ministros uma proposta para junto do sector privado buscarmos os parceiros adequados para a gestão dos Silos. Quando falamos em comercialização, reserva alimentar, precisamos de armazenamento e conservação”, afirmou Mesquita.
Falando à Rádio Moçambique, o Ministro avançou que, para efeitos de privatização da gestão, o Governo poderá ainda esta semana lançar um concurso com vista a encontrar um parceiro privado adequado.
“O Conselho de Ministros autorizou fazer-se um concurso e, pelas informações que tenho, o documento está praticamente pronto e, muito provavelmente na próxima semana, será anunciado em jornais”, disse Mesquita.
Construídos e geridos pelo Governo, existe no país mais de uma dezena de Silos, alguns na província de Sofala, em Nhamatanda e Gorongosa, na Zambézia, em Alto Molócuè e Milange, em Malema, em Nampula, em Ancuabe, em Cabo Delgado, em Angónia, em Tete, para além de Lichinga, no Niassa. (Evaristo Chilingue)