Desde Julho último, perto de 250 empresas de todo o país já submeteram propostas ao Banco Nacional de Investimento (BNI), com vista a aceder ao financiamento no âmbito da linha de crédito de 1.6 mil milhões de Meticais lançada, há dias, pelo Governo, informou este domingo à “Carta” o Presidente do Conselho de Administração (PCA) da instituição, Tomás Matola.
Em entrevista telefónica, Matola precisou que, até sexta-feira finda (07), o BNI recebeu 232 propostas de igual número empresas de todos os sectores, com destaque para a restauração, comércio, agronegócios, avicultura.
Em termos de aprovação, a nossa fonte explicou que, do universo das propostas, pelo mesmo até semana finda, a instituição aprovou 20 propostas. “Mas acredito que no futuro o número de propostas aprovadas irá incrementar para 40 por semana”, sublinhou.
O PCA do BNI adiantou que, iniciada a aprovação de propostas, dentro de duas semanas, a instituição que dirige poderá começar a desembolsar as verbas às empresas.
Olhando para o volume das necessidades das 232 empresas, avaliadas em 3 mil milhões de Meticais, Matola reafirma que 1.6 mil milhões de Meticais é uma verba deveras pouca para satisfazer a todas as empresas. Pelo que “tenho esperança de que, no futuro, o Governo possa aprovar um valor adicional após avaliar o número de empresas que poderão ter acesso ao financiamento”, afirmou Matola.
Ainda assim, a nossa fonte afirmou que o BNI continua aberto para satisfazer receber propostas de Micro, Pequenas e Médias Empresas que necessitam de apoio financeiro para mitigar os impactos da crise provocada pela Covid-19.
Lançada no início de Julho passado, a linha de financiamento do BNI compreende juros, que partem de 5% a 12%, ou seja, abaixo da taxa de referência (Prime Rate) imposta pelo Banco de Moçambique e Associação Moçambicana de Bancos, fixada actualmente em 15,90%. (Evaristo Chilingue)