O Conselho de Administração da Corporação Financeira dos Estados Unidos da América (EUA) para o Desenvolvimento Internacional (DFC) aprovou, semana finda, um empréstimo até ao montante de 200 milhões de USD à Central Térmica de Temane (CTT), a ser erguida pela SASOL e o Governo de Moçambique, no distrito de Inhassoro, norte da província de Inhambane.
Em nota de imprensa a que “Carta” teve acesso, a Embaixada dos EUA em Moçambique explica que o empréstimo irá financiar o desenvolvimento, a construção e a exploração da CTT de 420 megawatts e de uma linha de interligação de 25 quilómetros, que irá diversificar o abastecimento energético do país e reduzir o custo da electricidade.
A Embaixada considera que o projecto irá ajudar Moçambique a avançar para o seu objectivo de alcançar o acesso universal à energia até 2030, numa altura em que apenas 33% da população têm acesso à electricidade.
Em finais de Agosto último, o Ministro dos Recursos Minerais e Energia, Max Tonela, garantiu, em entrevista à Televisão de Moçambique, que as obras do projecto deverão iniciar no primeiro semestre do próximo ano. Antes, Tonela disse que, ainda este ano, a administração da petroquímica SASOL deverá aprovar, junto do Governo, a Decisão Final de Investimento.
“Prevemos que a administração da SASOL tome a Decisão Final de Investimento por volta de Novembro deste ano. A SASOL já fez investimentos superiores a 800 milhões de USD no projecto e deverá acrescentar mais cerca de 700 milhões de USD, logo que a decisão for tomada pelo Governo, sendo que a nossa projecção é que a Central entre em operação a partir de finais de 2023”, afirmou o Ministro.
Num outro desenvolvimento, a Embaixada dos EUA em Moçambique diz em comunicado que a DFC concordou em fornecer até ao valor de 1.5 bilião de USD em seguros de risco político para apoiar a comercialização de reservas de gás natural na Área 4 da Bacia do Rovuma em Moçambique.
“A provisão no valor de 1.5 bilião de USD de seguros de risco político da DFC irá apoiar o desenvolvimento, a construção e a operação de uma central de gás natural liquefeito em terra, juntamente com instalações de apoio. Este projecto de energia dará um impulso significativo ao crescimento do PIB em Moçambique à medida que o país emerge como um principal exportador mundial de gás. Combinado com parcerias de vanguarda entre o governo e o sector privado - o projecto tem o potencial de fazer crescer a economia para satisfazer as necessidades da população moçambicana”, lê-se em comunicado.
Citado pela fonte, o Embaixador dos EUA em Moçambique, Dennis Hearne, afirma que os “projectos terão um impacto significativo no desenvolvimento, melhorarão vidas e criarão uma oportunidade única para o país construir um futuro mais próspero para todos os moçambicanos”.
Estes projectos e financiamentos, sublinha a fonte, assentam numa base de assistência anual de mais de 500 milhões de USD que o Governo dos EUA providencia para melhorar a qualidade da educação e dos cuidados de saúde, promover a prosperidade económica, e apoiar o desenvolvimento global de Moçambique. (Carta)