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quarta-feira, 16 dezembro 2020 04:39

Covid-19 e falta de financiamento ameaçam ganhos no combate à malária – garante OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o progresso na luta contra a malária continua estagnado, em particular nas Repúblicas de Moçambique e Angola, as mais afectadas pela doença no continente africano. “Em 2019, ocorreram 229 milhões de casos da doença, em todo o mundo, um número que não muda há praticamente quatro anos. No mesmo ano, ocorreram ainda 409 mil mortes, sendo que Moçambique e Angola estão uma vez mais na lista das nações com maior registo”, explica o Director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, sublinhando que Moçambique representa 4% do total de casos e mortes, em todo o mundo, enquanto Angola reúne 3%.

 

Em Relatório Global da Malária, publicado semana finda, a OMS defende que as lacunas no financiamento e a pandemia do novo coronavírus estão minando os esforços globais na luta contra a doença, uma das principais causas de morte em Moçambique. A fonte sublinha que, em 2019, foram angariados 3 biliões de USD, contra os 5,56 biliões de USD que haviam sido projectados.

 

O Relatório revela ainda que, por exemplo, uma interrupção de 10% no acesso ao tratamento, na África Subsaariana, pode levar a 19 mil mortes adicionais e interrupções de 25% e 50%, na mesma região, podem resultar em entre 46 mil e 100 mil mortes a mais.

 

Por isso, para Tedros Ghebreyesus, é hora de todos os líderes mundiais enfrentarem o desafio da malária, assim como fizeram quando lançaram as bases para o progresso alcançado, desde o início da batalha. (Marta Afonso)

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