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quinta-feira, 17 dezembro 2020 07:22

Banco de Moçambique diz que defesa e segurança continuarão a pressionar finanças públicas em 2021

O Banco de Moçambique revela que as despesas relacionadas com a defesa e segurança e com o apoio social às populações afectadas pela instabilidade militar, nas zonas centro e norte do país, continuam a pressionar as finanças públicas.

 

Além disso, em comunicado da última reunião do Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco Central, datado de 16 de Dezembro, consta também que os eventuais gastos decorrentes dos efeitos dos choques climáticos e da logística para a administração da vacina contra a Covid-19, aumentam as preocupações quanto à postura fiscal para 2021.

 

Como consequência, o Banco Central afirma que o Estado vai continuar a endividar-se internamente para suprir o défice, numa altura em que os parceiros estão concentrados na luta contra os efeitos da crise pandémica nas suas economias.

 

“Perspectiva-se que o Estado continue a recorrer ao financiamento interno do défice, em face dos desafios com que a maior parte dos parceiros de cooperação se debatem, no âmbito da pandemia”, lê-se na nota de imprensa disponível no sítio de internet do Banco central.

 

Em termos de números, o Banco de Moçambique revela que, por efeitos dessa pressão, desde o último CPMO, havido em Outubro passado, a dívida pública interna, excluindo contratos de mútua e de locação e as responsabilidades em mora, aumentou de 174.638 milhões de Meticais para 182.328 milhões de Meticais. (Carta)

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