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quinta-feira, 11 fevereiro 2021 07:25

INP diz não ser capaz de prever impacto da redução de trabalhadores e operações da Total

O Instituto Nacional de Petróleos (INP), regulador do sector de hidrocarbonetos no país, mostra-se incapaz de prever o impacto da redução de trabalhadores e operações do projecto Mozambique LNG (ou Golfinho/Atum), liderado pela Total e, em implementação na Área 4 da Bacia do Rovuma, norte da província de Cabo Delgado.

 

A declaração consta de uma carta enviada pelo INP, na sequência de um questionário enviado pela “Carta”, dirigido ao seu Presidente do Conselho de Administração (PCA), Carlos Zacarias, solicitando informação sobre o impacto, e não só, da redução dos trabalhadores e operações da Total devido à insegurança e pandemia da Covid-19.

 

“Não obstante o esforço levado a cabo pelo Governo e concessionárias, não é possível prever o impacto destas medidas na economia nacional, uma vez esta análise envolver diferentes pressupostos e não somente a redução de trabalhadores do projecto”, lê-se na carta do INP.

 

No documento, Zacarias explica que a medida adoptada pela Total se enquadra no conjunto de esforços, tendo em vista a salvaguarda da integridade dos seus trabalhadores, maioritariamente moçambicanos, tendo em conta o clima de insegurança causado em Cabo Delgado assim como o aumento dos casos de Covid-19.

 

“Ora, importa salientar que os trabalhadores desmobilizados retomarão os seus postos de trabalho logo que a situação melhorar”, sublinha o gestor na carta, mas sem precisar o número de funcionários afectados, embora questionado.

 

No entanto, o PCA do INP esclareceu que as actividades cuja continuidade é fundamental para as fases subsequentes do projecto Golfinho/Atum continuam sem quaisquer constrangimentos, a destacar a construção dos portos de descarga de material que se encontra em fase avançada, pese embora tenha ocorrido esta redução.

 

Na carta, Zacarias não precisou a retoma integral das operações, tendo se limitado a afirmar: “a plenitude das operações poderá naturalmente ser retomada logo que as circunstâncias assim o ditarem. O Governo e as autoridades continuam a trabalhar em estreita colaboração de modo a assegurar que os prazos estabelecidos no cronograma de actividades do projecto Golfinho/Atum não sejam comprometidos”. (Evaristo Chilingue)

 

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