Em acordo com o Governo de Moçambique, o Banco Mundial aprovou um novo financiamento que visa aumentar os níveis de aprendizagem e a retenção das raparigas no ensino primário e secundário inferior do ensino básico. O projecto será implementado em todo o país, mas com especial atenção nas áreas carenciadas que enfrentam maiores desafios educativos.
Em comunicado recebido esta quarta-feira, na nossa Redacção, o Banco Mundial aponta que o pacote de financiamento inclui um subsídio da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) de 160 milhões de USD e uma subvenção da Parceria Global para a Educação (GPE) de 139 milhões de USD, totalizando um montante de 299 milhões de USD.
“Este projecto centra-se em dois grandes estrangulamentos no ciclo educativo: (i) baixos resultados da aprendizagem durante os três primeiros anos de escolaridade primária; e (ii) baixa retenção das raparigas e na transição para os níveis superiores do ensino básico”, sublinha o comunicado do Banco Mundial.
Citada na nota, a Directora do Banco Mundial para Moçambique, Idah Pswarayi-Riddihough, diz que alcançar o ensino básico universal para as raparigas é fundamental porque permite que elas amadureçam e se tornem adultas e produtivas no tecido económico do país.
Por seu turno, a Economista Sénior e chefe da equipa do projecto, Marina Bassi, sublinha, citada no comunicado, que o projecto investe no fortalecimento e expansão dos serviços pré-escolares e na melhoria da qualidade da aprendizagem nos primeiros níveis, o que ajudará a desenvolver competências fundamentais para impulsionar a aprendizagem ao longo de todo o ciclo escolar.
“Como parte deste esforço para fortalecer os serviços educativos, o projecto irá construir cem novas instalações pré-escolares, conhecidas como Escolinhas, em áreas rurais com baixo aproveitamento escolar e apoiar o melhoramento de competências de leitura para os alunos do primeiro ao terceiro ano, através da formação e apoio aos professores e garantindo que os materiais de aprendizagem estejam acessíveis para as crianças nesses níveis”, lê-se no comunicado.
Além disso, acrescenta a nota, o projecto implementará programas de educação em saúde sexual e reprodutiva e campanhas de sensibilização e mitigação da violência baseada no género nos níveis do ensino primário superior e secundário inferior, assim como actividades de mentoria para as raparigas.
“O projecto também ampliará a escala das instalações de ensino à distância, o que será cada vez mais importante se a profundidade e a duração da crise da Covid-19 continuarem”, conclui a nossa fonte. (Carta)