Estudo recentemente lançado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) reporta que Moçambique é o país mais endividado da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Intitulado “Perspectivas Económicas Regionais: África Subsaariana, Atravessar uma longa pandemia, 2021”, o estudo relata que a dívida pública moçambicana corresponde a 125,3% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
Depois de Moçambique, está a Zâmbia, cuja dívida pública corresponde a 118,7% de BIP. Em terceiro e quarto lugares estão a Angola e Seicheles, com dívida pública correspondente a 110,7% e 110, 4% de PIB respectivamente. Abaixo desses países estão as Maurícias (87,7); África do Sul (80,8%); Namíbia (71,4%); Malawi (76,8%); eSwatini (52,8%); Zimbabwe (51,4%); Lesotho (49,8%); Madagáscar (46,9%); Tanzânia (37,9%); Comores (30,0%); Botswana (25,3%); e República Democrática do Congo (12% do PIB).
Em geral, a média da dívida pública dos países da SADC é de 71,8%.
Se a dívida de Moçambique fosse alocada ao investimento produtivo, certamente que a economia do país seria a que mais cresce na SADC. Mas, para este ano, o FMI diz que a economia de Botswana é que vai liderar o crescimento em 7,5% o PIB, seguida das Maurícias em que o PIB real a preços do consumidor vai crescer 6,6%.
Abaixo desses dois países situar-se-á a República Democrática do Congo, cuja actividade económica, neste ano, vai crescer 3,8%, Lesotho (3,5%); Madagáscar (3,2%); África do Sul em 3,1%, Zimbabwe (3,1); Tanzânia (2,7%); Namíbia (2,6%); Malawi (2,2%).
Moçambique, cuja economia vai crescer 2,1%, só estará acima de Seicheles, cujo PIB crescerá 1,8%; eSwatini (1,4%); Zâmbia (0,6%); Angola (0,4%); e Comores (0,0%). Segundo o FMI, a média de crescimento das economias da SADC será de 2,7% em 2021 corrente. (Evaristo Chilingue)