A Galp Moçambique assume, finalmente, haver limitação no fornecimento de Gás de Petróleo Liquefeito (GPL) ou gás de cozinha na Área Metropolitana do Grande Maputo, devido a obras no parque de enchimento, na cidade da Matola. O reconhecimento acontece depois de a empresa negar haver falhas na disponibilização do produto.
Num comunicado enviado à “Carta”, a Galp diz que está a renovar a sua instalação de enchimento de garrafas de gás doméstico na Matola, com vista a aumentar ainda mais a sua capacidade actual, de modo a permitir que o combustível chegue a um número cada vez maior de famílias moçambicanas.
“Por motivos de segurança, estes trabalhos têm limitado pontualmente as operações de enchimento”, lê-se no comunicado.
Como forma de minimizar o problema, a Galp diz que alargou o enchimento de garrafas de GPL ao período nocturno, facto que permitiu recuperar os níveis de enchimento. Com essa medida, a empresa garante (mesmo sem precisar datas) que as limitações de stock registadas em alguns pontos de venda de Maputo estarão ultrapassadas nos próximos dias.
“A Galp apela à tranquilidade de todos os seus clientes e consumidores de GPL, garantindo que existe stock de gás adequado para a satisfazer as necessidades do mercado nacional”, assegura a empresa.
As declarações da Galp vêm depois de “Carta” relatar a escassez do gás doméstico e seu efeito nos consumidores, facto que se verifica há mais de um mês.
Com vista a obter esclarecimentos do problema, o Jornal mandou a 24 de Maio último uma carta à Galp Moçambique. Uma semana depois a empresa responde, negando haver falhas no fornecimento do GPL no grande Maputo, uma declaração que se opunha à real situação vivida pelos consumidores. (Evaristo Chilingue)