O Indicador do Clima Económico (ICE), expressão da confiança dos empresários do sector real, registou uma recuperação ténue no mês de Abril se comparado com o mês anterior. O facto representa uma interrupção da tendência negativa que se verificava por três meses consecutivos. Esta conjuntura favorável foi influenciada pelas perspectivas de subida de emprego e da procura no mesmo período de referência. Estes dados foram tornados públicos esta terça-feira (08) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
A autoridade estatística detalha que a avaliação favorável do clima económico se deveu, sectorialmente, à apreciação positiva dos ramos económicos de alojamento, restauração e similares, da produção industrial, de comércio e de transportes. Ainda no período em análise, as perspectivas da procura foram favoráveis, facto que representou uma recuperação motivada pelas previsões positivas registadas nas actividades de alojamento, restauração e similares, da produção industrial e de construção, suplantando assim os restantes sectores que registaram descidas.
De acordo com a fonte, o indicador da perspectiva de emprego foi ligeiramente favorável se comparado com o mês anterior, mostrando, assim, sinais de recuperação para os próximos meses. Esta situação ficou a dever-se a uma avaliação positiva do indicador em análise em todos os sectores alvos do inquérito, excepto o sector de construção que previu em queda ligeira o emprego futuro.
“Entretanto, em Abril, o indicador de perspectiva dos preços aumentou tenuemente se comparado com o mês anterior, tendo o seu saldo se situado acima dos últimos três meses da respectiva série temporal. A subida ligeira do indicador de preços futuros no período em análise foi influenciada pelo incremento do indicador nos sectores de transportes, de alojamento, restauração e similares, bem como de comércio (tendente à estabilização)”, observou o INE.
A autoridade estatística nacional revela que, em média, 54% das empresas inquiridas enfrentaram algum obstáculo no mês de Abril, o que representou uma redução de 2% de empresas em dificuldades face ao mês anterior. Trata-se de uma situação que foi influenciada pela diminuição da proporção de empresas com obstáculos em todos os sectores inquiridos, com distinção de empresas de comércio de transportes e de outros serviços não financeiros que viram mais de 46% das suas empresas afectadas por algum obstáculo no seu desempenho no período de referência. (Carta)