O Banco Africano de Desenvolvimento, com financiamento do Fundo Italiano de Cooperação Técnica, concedeu semana finda um donativo de 990 mil Euros para ajudar as Pequenas e Médias Empresas de agro-processamento a impulsionar a produção e o controlo de qualidade.
De acordo com uma nota de imprensa recebida na nossa Redacção, o projecto permitirá que as empresas tenham um melhor acesso aos mercados nacionais e regionais e capitalizem as oportunidades criadas pela Área de Livre Comércio do Continente Africano. A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) é a agência de implementação.
“Temos o prazer de receber este donativo do Banco Africano de Desenvolvimento e do Fundo Italiano de Cooperação Técnica, que irá beneficiar cerca de 300 associações de Pequenas e Médias Empresas (PME) do agro-processamento e do agronegócio em Moçambique, particularmente as PME lideradas por jovens e mulheres que operam ao longo dos corredores de desenvolvimento de Nacala-Beira-Pemba-Lichinga”, diz Agostinho Vuma, Presidente da CTA citado pelo comunicado.
A nota refere que o embaixador italiano, Gianni Bardini, sublinhou que o donativo será capaz de reforçar as intensas relações bilaterais na área da agricultura construídas através dos muitos projectos financiados pela cooperação italiana e que pode actuar como um catalisador para estendê-lo ao sector privado, onde existe um enorme e inexplorado potencial.
De acordo com o comunicado, o Representante Residente do Banco Africano de Desenvolvimento, Pietro Toigo, disse que o donativo proporcionará um apoio crítico a Moçambique, especialmente em meio aos desafios sócio-económicos impostos pela pandemia da Covid-19.
“Temos o prazer de fazer essa parceria com a CTA e o Governo da Itália para apoiar as PME moçambicanas a recuperarem-se da pandemia do Covid-19 e a aumentarem a sua competitividade, como parte do compromisso do BAD de ajudar a industrializar a África e Moçambique”, acrescentou, Toigo, citado pela nota.
O projecto apoia os objectivos do Documento de Estratégia de País do BAD para Moçambique (2018-2022), que se concentra em dois pilares estratégicos: investimentos em infra-estrutura que permitem o crescimento inclusivo e transformador para a criação de empregos, e a transformação da agricultura nacional e o desenvolvimento de cadeias de valor.
De acordo com a nossa fonte, o Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Alberto Fortes Mesquita, destacou a importância de tais iniciativas e seu papel catalisador na promoção da modernização da agricultura de Moçambique e da industrialização de sectores críticos da economia.
Recentemente, o Banco também aprovou um donativo de 1 milhão de USD para impulsionar o conteúdo local e o desenvolvimento de iniciativas de pequenas e médias empresas. (Carta)