A empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) quer, em breve, reverter o actual estado económico e financeiro degradável, tendo como um dos passos cotar-se na Bolsa de Valores de Moçambique. A informação foi tornada pública na última terça-feira, em Maputo, pelo Director-geral da LAM, João Carlos Pó Jorge, num media breakfast.
“Já começamos a trabalhar para ver se entramos na Bolsa de Valores de Moçambique. Vai ser um processo longo, muita disciplina financeira necessária que ainda não temos, como alterar alguns sistemas que ainda não temos na empresa. E isto será um passo importante para se conseguir privatizar ou abrir parte das acções, como fez a HCB para o público”, afirmou Pó Jorge.
Como forma de tornar a LAM numa empresa forte, sustentável e atraente, o Director-geral da LAM acrescentou que o Governo, representado pelo Instituto De Gestão das Participações do Estado (IGEPE), sócio maioritário, contratou um serviço de assessoria, cujo início está para breve, que vai olhar para dívida, crescimento, oportunidades que a empresa tem, melhoramento de redução de custos.
Refira-se que as referidas acções têm justificação: é que a LAM carrega uma dívida de 230 milhões de USD (14.7 mil milhões de meticais ao câmbio actual) com diferentes fornecedores (como gasolineiras), desde internos e externos.
Como se não bastasse, opera com uma frota composta por seis aviões alugados, nomeadamente dois (2) Boeing 7370; uma (1) Bombardier Q 400; e três (3) Embraiares 145 alocados à subsidiária, Moçambique Expresso (MEX).
Porém, mesmo mergulhada nesse estado económico e financeiro degradável, a LAM diz estar a reduzir prejuízos operacionais desde 2018 e que os custos e despesas operacionais de Dezembro de 2020 já se igualam às receitas, sinal de futuro promissor. (Evaristo Chilingue)