A TRAC, concessionária da N4, estrada que liga o Porto de Maputo à região de Witbank, na RAS, anunciou há dias que vai iniciar, a partir do primeiro semestre de 2022, a expansão da secção entre o Novare (supermercado) e o Nó de Tchumene, na Matola.
Trata-se de uma zona bastante congestionada que será objecto de intervenção para trazer alívio para os residentes e para o trânsito em geral, disse o PCA da TRAC, Van Niekerke, em entrevista ao Notícias. Ele anunciou também que está em curso uma investigação do pavimento da secção que sai de Ressano Garcia para Moamba, pelo facto de não estar em boas condições.
"Pretendemos melhorá-lo ou reconstruí-lo em alguns locais, e onde houver necessidade, serão construídas faixas de ultrapassagem, mas o projecto Novare-Tchumene será o primeiro a começar", disse Van Niekerk, acrescentando que este tipo de projectos tem que, primeiro, passar por aprovações ambientais e depois tem que se fazer um concurso para se adjudicar ao empreiteiro que vai executar as obras.
O contrato de concessão da estrada N4, pela TRAC, termina em 2027. Depois disso caberá ao Estado moçambicano decidir sobre o futuro da via. Van Niekerk explicou que, até ao momento, foram investidos mais de 90 biliões de Meticais na infra-estrutura e que o envolvimento do sector privado tem contribuído para dinamizar o corredor de Maputo. Realçou que em 2001, somente 80 camiões se deslocavam diariamente pela infra-estrutura entre Moçambique e a África do Sul. Entretanto, actualmente, circulam pela N4, por dia, cerca de 1700 camiões com origem na África do Sul. Referiu que pela portagem de Moamba passam diariamente cerca de 4 mil viaturas, das quais cerca de 3 mil acabam chegando à portagem de Maputo.
Relativamente à Portagem de Maputo, atravessam diariamente, nos dois sentidos, cerca de 40 mil viaturas. Sobre o papel da TRAC no processo de transferência da infra-estrutura para o Estado moçambicano Van Niekerk esclareceu que o contrato estabelece que quando a estrada for entregue às autoridades, neste caso à ANE, ela ainda tem que “ter vida”. Isso significa que, para além dos projectos já mencionados, a TRAC irá fazer mais coisas que vão garantir que no fim do período de concessão seja possível verificar-se que ela possa estar em condições por mais dois ou três anos.(FI)