Somente 622 caixas de sumo Ceres de maça de 200 mililitros, cuja venda e consumo foram banidos, foram retiradas do mercado moçambicano, de um universo de 2.000 caixas. Ou seja, há ainda 1.378 por serem retiradas do mercado moçambicano.
A informação foi avançada na última sexta-feira pela Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE), quando anunciava a proibição da venda e consumo de sumo Ceres de maça de 200 ml por se ter detectado uma micotoxina, designada Patulina, uma substância capaz de provocar vómitos, náuseas, problemas gastrointestinais e, em caso mais grave, levar à morte.
Segundo Tomas Timba, porta-voz da INAE, a campanha foi desencadeada após a Autoridade Nacional de Inspecção Económica e Segurança Alimentar de Angola (ANIESA) ter emitido um comunicado de imprensa anunciando a existência, naquele país, de quantidades de sumo Ceres impróprio para o consumo humano. Timba sublinhou que a INAE está a trabalhar no sentido de eliminar o produto do mercado nacional.
Entretanto, em comunicado de imprensa, a Pioneer Foods, uma empresa sul-africana que produz o sumo Ceres, afirma ter recolhido em todo o país três lotes específicos de sumo Ceres 100% maçã, embalagens de 200ml, em Outubro passado.
Disse ainda ter sido ela a notificar as autoridades reguladoras moçambicanas, nomeadamente, a INAE e o INNOQ (Instituto Nacional de Normalização e Qualidade), bem como as respectivas autoridades de África do Sul.
“Também o distribuidor da Pioneer Foods em Moçambique procedeu, rapidamente, ao rastreamento do stock em causa, de forma a isolá-lo para destruição supervisionada”, garantiu, revelando que os lotes em causa são os produzidos nos dias 14, 21 e 22 de Junho passado.
No seu comunicado, a Pioneer Foods garantiu que o distribuidor dos seus produtos em Moçambique tem trabalhado de forma incansável para recuperar todos os produtos potencialmente afectados, “sendo mínima a possibilidade de existirem ainda no mercado alguns destes pacotes de sumo”. Sublinha que “nenhum outro sumo da Ceres é afectado por esta recolha de produto, sendo seguro o seu consumo”. (Marta Afonso)