Cerca de 130 adolescentes da província de Tete, zona centro de Moçambique, estão a ser formados pelo Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique (IFTM) nas áreas de Mecânica e Electricidade Industrial.
Trata-se de uma iniciativa cuja implementação é da responsabilidade da ICRO Moçambique, uma das empresas da ICRO Group, e que visa fundamentalmente assegurar uma formação de qualidade aos formandos, o que poderá culminar com a inserção destes no mercado laboral.
Por meio do Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique (IFTM), a ICRO Group, que actua há 67 anos na gestão de activos físicos industriais e implantação de programas de manutenção, pretende elevar o índice educacional dos jovens moçambicanos e fortalecer a geração de emprego e renda.
“Quando chegamos aqui em Moçambique, há sensivelmente 10 anos, isto é, em 2012, notamos um deficit muito grande em termos de capacitação técnica dos profissionais, dado que o nosso portfólio exige uma aptidão mais elevada que o normal, pois são técnicas avançadas na parte de Engenharia de Manutenção. Diante dessa percepção, resolvemos criar a escola e, hoje, temos a oportunidade de sermos formadores de pessoas qualificadas para o sector industrial”, revelou Carlos Fávaro, presidente da Icro Group.
O executivo também afirma que o IFTM prima pela qualidade do ensino para que os formados pela instituição propiciem resultados efectivos nas empresas em que trabalham, baseados nas competências técnicas e comportamentais adquiridas durante o programa de formação.
“O que nos motiva é evoluir como uma escola com estrutura esmerada, de sala, de ambiente, de atendimento e acolhimento. Mais do que um curso técnico, uma escola em que pudéssemos formar cidadãos com auto-estima elevada, com o entendimento de que podem realizar grandes conquistas”, sublinhou Carlos Fávaro.
Entretanto, o que faz diferença neste projecto da Icro Group é a introdução da componente Plano de Carreira, através do programa “Avança Moçambique”, o qual visa fundamentalmente evitar a rotatividade profissional nas empresas, ou seja, contribuir para a manutenção e engrandecimento do quadro de profissionais, implantando uma gestão de competências com base no desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais, além de consciencializar os profissionais sobre a importância de se investir num plano de carreira.
Por sua vez, o Coordenador do Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique, Aleixo Portimão Júnior, deu a conhecer que a instituição conta com um padrão de ensino diferenciado, virado para responder às exigências do sector industrial. “Tem-se verificado, nos últimos dias, uma evolução considerável no sector industrial e essa evolução precisa constantemente de técnicos qualificados e o IFTM veio contribuir nesse esse sentido”, frisou Aleixo Júnior.
Para Oliveira Augusto Madeira, estudante do curso de Mecânica Industrial, o instituto aparece como solução ideal para formação profissional.
“Pretendo continuar com a minha formação e com ajuda do Instituto irei consolidar a minha carreira profissional. Quero crescer profissionalmente e para isso é preciso ter um plano de carreira que só o IFTM oferece orientação para isso”, revelou Oliveira Madeira.
Já Rosalina Kimeza, também estudante do curso de Electricidade Industrial, olha o IFTM como referência para a sua formação.
“Estou a fazer um curso menos concorrido pelas mulheres, mas isso não me assusta. Com a formação que estou a ter aqui, me sinto preparada para entrar neste mercado cada vez mais agressivo. Meu maior sonho é crescer profissionalmente e continuar a desenvolver as minhas habilidades profissionais. Creio que estou no caminho certo”, disse Rosalina.
Refira-se que o Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique é certificado pela Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP), órgão regulador que garante a qualidade de Ensino Profissional em Moçambique. Actualmente conta com quatro salas de aula, que comportam até 30 alunos. O IFTM também possui biblioteca e sala de informática para uso dos alunos. As aulas são presenciais e ministradas por especialistas contratados. (Marta Afonso)