A situação financeira do Sindicato Nacional dos Jornalistas encontra-se débil e as condições salariais e de trabalho dos colaboradores estão desajustadas da realidade. A constatação foi feita pelo novo secretariado executivo do Sindicato Nacional de Jornalistas (SNJ), depois dos primeiros cem dias de trabalho, contados a partir de Agosto último.
Esta avaliação preliminar já tinha sido feita pelos membros da lista vencedora, sendo que o secretariado executivo cessante estava reduzido a três membros dos anteriores oito, para além do fraco envolvimento dos membros do SNJ na vida do sindicato. Aliado a isto, muitos jornalistas inscritos como membros deixaram de pagar as quotas, incluindo o desconhecimento de vários profissionais, sobretudo do sector privado, da possibilidade de se tornarem membros.
O quadro actual do SNJ é caracterizado ainda por avultados valores em dívida da parte de alguns arrendatários dos espaços do edifício sede do Sindicato. Informações que constam de um documento enviado à nossa redacção dão conta de atrasos na canalização de quotas retidas na fonte por alguns órgãos de comunicação, entre outras inquietações.
A nova equipa de trabalho deparou-se também com alguns constrangimentos, como por exemplo, a dificuldade no acesso às contas bancárias do sindicato por várias burocracias decorrentes da mudança de assinaturas.
“Neste momento, o processo encontra-se em curso, aguardando para as próximas semanas a sua conclusão para que as contas sejam finalmente movimentadas pelos membros do actual sindicato”, refere o documento.
Porém, o sindicato começou a registar um incremento substancial de valores de quotas canalizadas ao SNJ pelos órgãos de comunicação social até agora retidos na fonte. (Carta)