O Conselho de Ministros moçambicano decidiu, ontem, definir duas fases para desligar os emissores analógicos de televisão, que deverão dar lugar às emissões digitais, anunciou o porta-voz, Filimão Suaze.
A desactivação dos emissores de transmissão analógica de radiodifusão televisiva “visa concluir o processo de migração do sinal de televisão analógico para digital em Moçambique”, referiu.
Numa primeira fase, até 30 de Setembro, vão ser desligados 16 emissores em todo o país e, numa segunda fase, até final do ano, seguem-se outros 14 em zonas mais remotas.
O sinal aberto de televisão digital terrestre no país foi inaugurado a 08 de Outubro de 2020, na cidade da Beira, pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi. “A nossa meta é aumentar a cobertura territorial para 85% em 2024” e “iniciar a migração da radiodifusão sonora”, explicou na altura.
O Chefe de Estado pediu estudos detalhados para que o apagão analógico não seja “um factor de exclusão”.
A migração da radiodifusão analógica para digital é garantida com financiamento chinês no valor de 156 milhões de dólares (128 milhões de euros). A rede combina 60 retransmissores espalhados pelas capitais provinciais e vários distritos e arranca com 18 canais abertos.
Para ligar televisores analógicos à nova norma são necessários conversores vendidos em agentes autorizados da Transporte, Multiplexação e Transmissão (TMT), empresa pública responsável pelo sinal, ao preço de 1.200 meticais (cerca de 14 euros). (Lusa)