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quarta-feira, 11 dezembro 2019 07:44

As derrotas são o caminho do sucesso (à-propósito do bloqueio ao MetroBus pelos CFM)

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Pedimos desculpas aos nossos utentes pelos inconvenientes .Desde  ontem, dia 10 de Dezembro, que os CFM paralisaram os comboios da MetroBus sem informação prévia. Nem sequer o Comando de Operações se dignou a atender o telefone. Naturalmente, usamos o Plano de Contingência para transportar os nossos utentes.

 

A Empresa CFM, uma das maiores empresas de Moçambique desde o tempo colonial, quer interromper os nossos sonhos de podermos ter uma mobilidade segura, de qualidade de nível internacional, segundo o  Banco Mundial. Os CFM querem que voltemos a circular nas estradas (N4) congestionadas, onde se morre todos os dias, justamente porque os comboios de carga de minerais não funcionam e os camiões de minerais têm que usar a estrada N4 causando pânico e luto. A sabotagem ao MetroBus não é exclusiva.  Lamentávelmente este é mais um exemplo da razão  de sermos empobrecidos, e continuaremos a ser,  independentemente do OIL&GAS, ou qualquer outra potencialidade económica.

 

Alguns dos nossos governantes de empresas públicas, apesar de títulos acadêmicos, salários  e benefícios de luxo, não compreendem os factores de desenvolvimento, agindo por impulso, como o caranguejo.

 

Agora que comemoramos o segundo aniversário da operação da MetroBus, os CFM concretizam o seu objectivo emocional de parar com o MetroBus, após inúmeros incidentes, negações, bloqueios, chantagens nas taxas e rendas, etc.

 

Os CFM, quando chamada argumentar, vai dizer :

 

1- A MetroBus deve a taxa de uso da linha: (É verdade que devemos 3 milhões de Mta e temos vindo a pagar; Porém, o Ministério dos  Transportes e Comunicações /FTC deve-nos dezenas de milhões de Meticais por serviços prestados e nós não bloqueamos os beneficiários, que por sinal são servidores públicos).

 

2- Vão dizer, falsamente, que não cumprimos as regras de Safety; (a MetroBus tem os standards internacionais de Safety e recursos humanos nacionais educados, treinados e supervisonados, no cumprimento das regras de Safety; aa quais serão públicadas para V. Excias conhecerem.

 

3-Não vão dizer, mas qiestionam-se, como pode uma empresa de moçambicanos do ramo rodoviário, com comboios usados, aproveitando recursos humanos passados à reserva pelos CFM e meia dúzia de engenheiros mecânicos da Escola Superior Náutica de Moçambique, produzir um serviço público de mobilidade intermodal de qualidade reconhecida pelos utentes e instituições nacionais e internacionais?

 

Mais do que nunca, Moçambique precisa de um dirigente nacionalista e inclusivo. Não podemos continuar a desperdiçar tempo e recursos dos cidadãos para alimentar egos.

 

Apesar da SIR nunca ter ganho um cêntimo com a MetroBus, sabemos que é um serviço de mobilidade que terá a sua sustentabilidade futura. E estamos confiantes que quem de direito saberá tomar as decisões convenientes.

 

“As derrotas são o caminho para sucesso"

 

Pedimos desculpas aos nossos utentes por não termos conseguido evitar mais esta sabotagem, entre muitas outras, que ao longo de 24 meses fomos contornando diariamente.

 

Acreditem que se somos moçambicanos vamos conseguir.

 

Bem hajam, pelos inúmeros apoios que temos recebidos,

 

A luta Continua

 

Amade Camal

Sir Motors

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