De tempos em tempos, os representantes da corrente “lite” da Frelimo acenam cá para fora e dão conta de que existem e estão atentos e podem ser uma força de contestação quando a Frelimo “hard core”, a corrente radical, que dirige o Estado, tende em inverter a marcha do progresso. Sem poder, a corrente “lite” ocupa os espaços mediáticos, lançando sinais de reprovação quando a Frelimo radical tenta empurrar o país para o caos.
Qualquer que for o desfecho deste Mundial de Futebol, uma coisa já ficou provada: o triunfo do trabalho acrescentado sobre o talento inato. A eliminação precoce da Alemanha (e sua derrota copiosa contra o México), o empate da Argentina com a Islândia e o do Brasil com a Suíça (com Neymar eclipsado) mostraram a dificuldade de superação daquele talento genial que em tempos mudava o curso dos acontecimentos no jogo. Hoje contra a França, no seu derradeiro Mundial, Lionel Messi não passou de uma actuação mediana. Estamos a viver uma crise de paradigma no futebol. Talento apenas não basta. O que esta vingando eh o mindset do esforço colectivo…a crença que busca na limitação do talento natural um elan para a vitória.