O político moçambicano Venâncio Mondlane, candidato à Presidência da República, disse ontem à Lusa que também vai concorrer a deputado do parlamento nas eleições gerais de 09 de outubro.
O político avançou que vai concorrer a deputado da Assembleia da República como “número um, cabeça de lista” da Coligação Aliança Democrática (CAD) pelo círculo eleitoral da cidade de Maputo.
Venâncio Mondlane, 50 anos, que foi candidato pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) nas últimas eleições municipais de 2023 à autarquia de Maputo, abandonou o partido em que militava desde 2018 - e o cargo de deputado para o qual tinha sido eleito -, depois de não ter conseguido concorrer à liderança do maior partido da oposição no congresso realizado em maio.
No dia 06 de junho, o político apresentou no Conselho Constitucional (CC) a sua candidatura às presidenciais de outubro, também como o apoio da coligação CAD, que reúne nove formações políticas.
Na ocasião, disse à comunicação social que quer levar Moçambique para uma “nova era” e eliminar o “fundamentalismo partidário” no país.
“Esta é uma candidatura que vem demonstrar uma nova era para Moçambique, a era da CAD. A era em que temos de acabar com o fundamentalismo partidário, temos de ir para uma agenda comum, agenda nacional, pensamos num projeto nacional muito para além do círculo onde nós nos achamos donos”, afirmou Venâncio Mondlane.
O político moçambicano apresentou 20 mil assinaturas ao CC, de um total de 110 mil recolhidas desde maio.
Venâncio Mondlane disse que está na coligação para dar um sinal aos moçambicanos de que a próxima era da política do país deve ser de “reconciliação, união, coligação e de uma agenda comum”.
“Eu acredito que posso chegar à Presidência da República porque eu acho-me técnica, política e civicamente preparado para o efeito”, acrescentou o ex-deputado da Renamo, fazendo menção a uma “manifestação inquestionável” do apoio popular.
O Conselho Constitucional (CC) moçambicano recebeu até sexta-feira passada sete candidaturas a Presidente da República nas eleições gerais de 09 de outubro e agendou a submissão de pelo menos mais três para hoje, o último dia do prazo.
Os três candidatos apoiados pelos partidos parlamentares também apresentaram candidatos a Presidente, nomeadamente, Ossufo Momade, pela Renamo, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), no poder.
Moçambique vai realizar em 09 de outubro as sétimas eleições presidenciais e legislativas, as segundas para os governadores provinciais e as quartas para as assembleias provinciais.
O atual Presidente, Filipe Nyusi, que é também presidente da Frelimo, no cargo desde 2014, já não pode concorrer, por ter atingido o limite constitucional de dois mandatos.(Lusa)
Objectivos
- Desenvolver competência de escrita de textos de crítica de arte reforçando a expressão de pensamentos e ideias.
- Proporcionar instrumentos de desenvolvimento da observação, do espírito crítico.
- Registar e divulgar a produção cultural moçambicana.
Inscrição
Os interessados deverão enviar um texto motivacional sobre a participação, de uma página, em folha A4, em fonte Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento 1,5.
(12, 14, 19 e 21 horário por consultar na Fundação Fernando Leite Couto)
Meninas e meninos!
O espectáculo "As Borboletas Romeu e Julieta" vai para a Biblioteca Comunitária Marta Domingos, no bairro de Maxaquene A.
Um espectáculo do Grupo Teatral Fragmentados
Dramaturgia: Ruth Rocha
Adaptação: Grupo de Teatro Fragmentados
Encenação: Paulo Jamine / Co-encenação: Ramadane Matusse
Interpretação: Jusceline Nhatumbo e Orlando Intimane
(15 de Junho, às 10h00 na Biblioteca Marta Domingos no bairro da Maxaquene A)
Durante o Fórum de Biodiesel desta semana em São Paulo, Brasil, sob o tema Tecnologia e Inovação, foi assinado um Memorando de Entendimento (MOU, na sigla em inglês) entre o Brasil e Moçambique para desenvolver conjuntamente biocombustíveis.
O MOU foi assinado pela Ubrabio (União dos Produtores de Biodiesel e Bioquerosene do Brasil) e pelo gabinete do pacote de estímulo económico de Moçambique (PAE), representado por João Macaringue, e marca um avanço significativo na medida 10 do pacote que prevê a mistura obrigatória de combustíveis importados com biocombustíveis.
O mercado de biocombustíveis do Brasil é um dos mais fortes do mundo, impulsionado por seus abundantes recursos agrícolas e políticas governamentais de apoio. Como um dos principais produtores globais de etanol e biodiesel, o Brasil beneficia-se de tecnologia avançada, investimentos substanciais em P&D e alta demanda doméstica e internacional.
Moçambique, por sua vez, possui uma série de semelhanças com o Brasil que criam uma parceria ideal, incluindo o clima, a geografia e as especificidades da terra. A aliança estratégica visa impulsionar o desenvolvimento e a adopção de produção de biocombustíveis, promovendo a mudança global em direcção à energia sustentável, em linha com as aspirações de transição energética de Moçambique apresentadas no ano passado na COP 28.
O MOU sinaliza um esforço colaborativo para aprimorar a cadeia de abastecimento de biocombustíveis. O acordo deve atrair um investimento significativo de capital do Brasil para Moçambique, impulsionando a pesquisa, o desenvolvimento e a capacidade de produção. Para os investidores, esse influxo de fundos apresenta uma oportunidade promissora, à medida que as empresas de biocombustíveis se tornam mais lucrativas, potencialmente aumentando as avaliações das acções.
Consequentemente, o acordo deverá criar empregos moçambicanos na indústria de biocombustíveis, apoiado pelo conhecimento do sector privado brasileiro. Novas plantas e instalações ampliadas precisarão de uma força de trabalho qualificada, estimulando o crescimento económico nas áreas onde esses projectos estão baseados.(Carta)
A tragédia ocorreu este domingo no Dondo, no qual perderam a vida vinte e três pessoas, para além de 49 feridos. A Polícia aponta como causa do sinistro a negligência do motorista do autocarro. De acordo com a corporação, o autocarro fazia o trajecto Dondo-Beira e o acidente ocorreu em Mafambisse durante uma ultrapassagem, tendo o autocarro embatido num veículo pesado que vinha em sentido contrário.
A Polícia da República de Moçambique (PRM) confirma entre os óbitos, três crianças, nove mulheres e 11 homens. Os feridos foram atendidos na unidade Sanitária de Dondo e outros transferidos para o Hospital Central da Beira.
“Aqui no Hospital Central da Beira recebemos 25 doentes, dos quais 12 já tiveram alta e 13 continuam internados, sendo dois em estado grave”. Uma das sobreviventes contou à imprensa que o autocarro apresentava deficiências mecânicas (travagem) e estava a andar à alta velocidade. Ao tentar esquivar-se de um camião que vinha em sentido contrário, o motorista acabou caindo na vala.
Grande parte dos corpos ainda não foram reclamados, conforme avançou o Governador de Sofala, Lourenço Bulha. “A morgue de Dondo tem a capacidade para receber apenas seis corpos, então, os outros vamos ter que transferir para Mafambisse e Beira. Acreditamos que a maior parte dos corpos ainda não foram reclamados por serem residentes da Beira, mas estamos ainda a identificar através dos Bilhetes de Identidade”, disse Bulha.
No autocarro, com capacidade para 90 passageiros, seguiam 77. (M.A)
Uma passageira que viajava no voo Maputo-Lisboa das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que também transportava a seleção moçambicana de futebol, viajou inconsciente durante sete horas, tendo recebido assistência médica durante o trajeto, disse hoje a transportadora.
Em comunicado, a LAM refere que a mulher teve problemas de saúde, três horas após o avião ter descolado de Maputo, e ficou inconsciente durante sete horas de viagem, até ao destino, Lisboa.
“Para a assistência à passageira com problemas de saúde, a tripulação contou com os préstimos de seis médicos que se encontravam a bordo. Os cuidados foram prestados por três médicos da seleção nacional de futebol e três médicas do Ministério da Saúde de Moçambique”, avança a nota.
O gesto de humanismo permitiu salvar a vida da passageira, sublinha o comunicado.
A LAM não especifica se a mulher era parte da comitiva da equipa nacional de futebol, dado que o voo também transportava outros passageiros.
Os jogadores da seleção moçambicana de futebol viajaram na sexta-feira no voo Maputo-Lisboa, para depois seguirem da capital portuguesa para Marrocos, onde na segunda-feira jogam contra a Guiné-Conacri, em partida da quarta jornada do Grupo G da zona africana de qualificação para o Mundial2026, que vai decorrer nos EUA, Canadá e México.(Lusa)
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) aposta no padre católico da arquidiocese de Nampula, Fernão Magalhães, e antigo director da Faculdade de Direito (FADIR) da Universidade Católica de Moçambique, para candidato a governador da província. O MDM depositou na passada sexta-feira a candidatura do partido para as eleições de 9 de Outubro, num evento que contou com a participação do prelado.
Segundo fontes do MDM, Fernão Magalhães é uma das melhores apostas para ombrear em pé de igualdade com outros candidatos e sagrar-se vitorioso nas próximas eleições.
“Sem dúvidas que o candidato a governador, ou seja, o nosso cabeça-de-lista, é o padre Magalhães e será anunciado ainda esta semana. Estamos apenas a aguardar o aval da direcção máxima do partido”, disse fonte daquele partido na província de Nampula, o maior círculo eleitoral.
“Carta” apurou que a eleição do antigo director da Faculdade de Direito da Universidade Católica em Nampula foi consensual e sem nenhuma oposição. A nível da arquidiocese de Nampula, a entrada do padre Fernão Magalhães na vida política activa foi objecto de crítica por parte dos religiosos, particularmente dos sacerdotes, que entendem que a sua opção está a “sujar” o bom nome e a dignidade de uma das principais igrejas.
O padre Fernão Magalhães vai disputar a corrida eleitoral com o empresário Eduardo Mariamo da FRELIMO, a deputada Abiba Abá da RENAMO, Dias Coutinho do PODEMOS, também por sinal um reputado advogado e Raul Novinte, antigo edil de Nacala que abandonou a RENAMO para filiar-se à Coligação Aliança Democrática (CAD). (Carta)
O Governo anunciou a permissão para a circulação de uma quantidade limitada de produtos florestais, por cada meio de transporte, em todo o território, para o uso doméstico, sem apresentação de guia de trânsito.
Para o caso do carvão, são permitidos três sacos, segundo uma circular assinada pela ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze. Sem guia de marcha, o Executivo autoriza ainda o transporte e circulação com 20 molhos de lenha, 50 bambus, 32 estacas, 10 molhos de capim, igual número de caniço e outros produtos florestais não madeireiros até 20 quilogramas.
A nota reitera o reconhecimento das comunidades locais como os principais guardiões dos recursos florestais e assegura o livre acesso, de acordo com as suas respectivas normas e práticas costumeiras para obtenção de plantas medicinais, materiais de construção, combustíveis lenhosos, frutos silvestres, bens culturais e outros, para consumo próprio, isentos de qualquer licença.
O documento foi emitido pelo Ministério da Terra e Ambiente em jeito de esclarecimento depois que um vídeo circulou nas redes sociais, denunciando uma alegada proibição de transporte dos produtos florestais sem licença. (M.A)
As Forças do Ruanda afirmam ter abatido, no passado dia 29 de Maio, pelo menos 70 terroristas dos cerca de 150 que pela madrugada daquele dia tentaram atacar a sede do posto administrativo de Mbau e localidade de Limala, sul do distrito de Mocímboa da Praia em Cabo Delgado. Segundo a Televisão de Moçambique (TVM), além de terem atacado a população civil de Mbau, os terroristas lançaram fogo contra posições avançadas das forças ruandesas na aldeia Limala.
Citando um porta-voz das Forças do Ruanda, a Televisão de Moçambique (TVM) noticiou na sexta-feira ter sido um erro dos terroristas atacar posições e aldeias sob responsabilidade do contingente ruandês.
A TVM mostrou imagens de terroristas abatidos que terão sido enviadas pelo porta-voz do destacamento ruandês, descrevendo-as como muito sensíveis. Trata-se das mesmas fotografias que circularam no dia do ataque, em que relatos iniciais indicavam terem sido abatidos entre 11 a 13 terroristas, mas o Chefe do Estado Filipe Nyusi falou de dezenas de homens mortos.
Entretanto, fontes na vila de Mocímboa da Praia disseram à "Carta" que, no último fim-de-semana (sexta-feira e sábado), os terroristas tentaram atacar de novo a população de Mbau, o que levou à pronta intervenção das Forças do Ruanda. As fontes presumem que os terroristas queriam vingar-se da população indefesa, uma semana depois de terem sofrido pesadas baixas.
Apesar da relativa acalmia, a população de Mbau ainda não dispõe de serviços de saúde prestados pelas brigadas móveis, uma situação associada ao medo por parte dos profissionais. (Carta)
Suspeitas de fraude na eleição dos candidatos a deputados no partido Frelimo, denunciadas na semana finda em quase todo o país, estão a desorganizar a candidatura desta formação política às VII Eleições Legislativas, que se realizam a 09 de Outubro próximo.
O partido no poder havia agendado, para a última sexta-feira, a submissão da sua candidatura ao escrutínio de Outubro, mas teve de adiar para esta segunda-feira, devido à falta de consenso nas escolhas feitas pelos “camaradas” a nível dos Comités Provinciais. Lembre-se que a entrega das candidaturas à Presidência da República, deputado, Governador da Província e a Membro da Assembleia Provincial termina às 15h30m desta segunda-feira.
Um dos Comités Provinciais afectados foi o da Zambézia, onde o processo foi anulado devido às denúncias de corrupção na eleição dos deputados. A denúncia feita pela OMM (Organização da Mulher Moçambicana), em carta dirigida ao Presidente do Partido. A agremiação acusou Paulino Lenço, então Primeiro-Secretário da Frelimo na Zambézia, de ser corrupto e tribalista. Sublinhar que Paulino Lenço acabou sendo destituído do cargo este fim-de-semana.
O escrutínio teve de ser repetido este fim-de-semana, tendo confirmado Pio Matos como cabeça-de-lista da Frelimo naquele ponto do país, depois de ter sido rejeitado na eleição anterior. Ainda foram eleitos os candidatos a deputados, com destaque para a queda final de Caifadine Manasse. Dados não confirmados indicam que Aissa Ibrahim e Ilka Gaspar, que há uma semana estavam na lista de candidatos para deputados, também não foram eleitas.
Para além de ainda não ter submetido a candidatura às eleições legislativas, a Frelimo também ainda não submeteu a sua candidatura às eleições provinciais, na Zambézia, devendo fazê-lo esta segunda-feira, último de dia para entrega das candidaturas às Eleições Outubro próximo.
Refira-se que a província da Zambézia não foi a única que teve o processo eleitoral em causa. Em Nampula e Gaza também se viveu o mesmo ambiente, com alguns membros a denunciarem alegados esquemas de fraude na escolha dos candidatos a deputados. Agostinho Vuma, em Gaza, foi o principal visado. (Carta)