Director: Marcelo Mosse

Maputo -

Actualizado de Segunda a Sexta

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Guy Mosse

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A Associação dos Profissionais de Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) retoma a greve nacional, a partir da próxima quinta-feira, devido ao incumprimento do caderno reivindicativo. O anúncio foi feito esta segunda-feira (25) pelo porta-voz da APSUSM, Anselmo Muchave. A greve havia sido suspensa em Agosto do ano passado.

 

“Voltaremos à greve porque o período de suspensão só serviu para provar a falta de comprometimento do Governo. Aquando da greve anterior, dissemos que as nossas unidades sanitárias se ressentem da falta de material médico-cirúrgico e hospitalar e de medicamentos. Enquanto esperávamos alguma melhoria, o cenário nas unidades sanitárias é pior que antes”, refere o Porta-voz da APSUSM.

 

Segundo Muchave, houve várias negociações com o Governo, mas não foram cumpridos os acordos em relação a vários aspectos do caderno reivindicativo. De acordo com a fonte, para além do incumprimento do caderno reivindicativo, as condições dos hospitais estão a deteriorar-se.

 

Especificou que neste momento não há medicamentos para tratar as doenças mais comuns, incluindo a falta de luvas, máscaras, seringas e agulhas, gesso, cateteres, papel para imprimir documentos hospitalares e resultados das análises.

 

Mencionou ainda a falta de reagentes de laboratório, combustível para ambulâncias, comida para doentes, roupa hospitalar e aumento do número de unidades sanitárias que não funcionam por falta de energia, resultante dos cortes efectuados pela Electricidade de Moçambique.

 

Em alguns casos, disse Muchave, os pacientes compram "credelec" para serem atendidos.

 

Um dos pontos solucionados pelo Governo foi o pagamento de um subsídio e o reenquadramento de um pequeno grupo de funcionários em detrimento da maioria. Enquanto isso, o pagamento das horas extras continua a ser uma miragem.

 

Sem detalhar sobre o período de duração da greve, Anselmo Muchave acusou o Governo de indiferença na solução dos problemas dos hospitais públicos, alegando que, quando ficam doentes, os dirigentes recorrem às clínicas privadas.

 

“O pacato cidadão que não tem condições de se dirigir a uma clínica fica entregue à própria sorte, e esquecem que o direito à saúde não é um favor, mas sim um dever do Estado”.

 

Lembre que a greve dos profissionais de saúde surge no âmbito das negociações que decorreram em 2023 entre o Governo e a APSUSM. A associação congrega cerca de 71 mil profissionais que lutam por melhores condições de vida e trabalho. (M.A)

A província de Maputo está, desde a madrugada de ontem, sob chuva intensa, com a baixa da cidade capital e diversos bairros alagados, prevendo-se que o mau tempo continue até terça-feira, avançou à Lusa o Instituto Nacional de Meteorologia.

 

“Este é o resultado da combinação entre o tempo quente que registamos nos últimos dias na zona sul do país e a humidade. Esta conjugação gerou esta instabilidade e esta queda de precipitação. O volume de precipitação esteve em torno de 150 milímetros em menos de 24 horas  (…)”, declarou à Lusa Telmo Sumila, meteorologista.

 

A chuva deixou vários bairros das cidades de Maputo e Matola alagados, incluindo a baixa da capital, que tem uma das principais avenidas quase intransitável: 25 de setembro.

 

“Este cenário vai continuar nas próximas 24 horas. Para Maputo, pelo menos até terça-feira o cenário vai abrandar”, explicou Telmo Sumila.

 

Além da província de Maputo, a chuva cai também nas províncias de Gaza e Inhambane, no sul, com um volume de 50 e 75 milímetros nas últimas 12 horas, prevendo-se que o mau tempo também afete o litoral de Sofala e Zambézia, no centro do sul.

 

Até terça-feira, o estado de tempo poderá melhorar na província de Maputo, mas vai piorar no norte de Inhambane e também afetar o litoral das províncias de Sofala e Zambézia, frisou.  

 

A Administração Regional de Águas do Sul (ARA-SUL) apelou hoje, em comunicado, para medidas de precaução face ao aumento dos níveis de água nas bacias dos rios Movene e Calichane, em Maputo.

 

“Além disso, a capacidade de retenção da barragem dos Pequenos Libombos está reduzida após a passagem do ciclone tropical `Fillipo´(que se abateu sobre o sul do país há pouco mais de uma semana). Estejam em alerta e tomem medidas de segurança adequadas”, refere-se no documento.

 

A atual época chuvosa em Moçambique, que começa em outubro, já provocou a morte de um total de 135 pessoas e afetou outras 116.334, indica um relatório consultado pela Lusa na quinta-feira.

 

Dos 135 óbitos registados desde outubro e até segunda-feira, 57 foram causados por descargas atmosféricas, 31 por cólera, 24 por afogamentos, 20 por desabamento de casas e três por ataques de animais, refere o relatório do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD).

 

A época das chuvas 2023/2024 causou ainda 181 feridos, a destruição total e parcial de 6.348 casas e inundação de outras 10.473, além de afetar também 652 embarcações, 26.354 hectares de culturas, 5.879 dos quais considerados perdidos.

 

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre outubro e abril. (Lusa)

 

As infecções respiratórias estão no topo da lista das doenças que deram mais entrada no sector pediátrico do Hospital Geral José Macamo (HGJM)  localizado na capital moçambicana, nos últimos três meses. Na lista, segundo a médica pediátrica do HGJM, Lúcia da Graça, estão doenças como a malária e infecções gastrointestinais, que totalizam uma média diária de 25 internamentos.

 

“As doenças mais frequentes nos últimos três meses têm sido a malária, as infecções respiratórias e as infecções gastrointestinais”, disse a médica que falava em declarações à AIM, na terça-feira (19).

 

Actualmente, o Hospital Geral José Macamo tem cerca de 20 crianças internadas, sendo que o período de internamento naquela unidade hospitalar, segundo a fonte, é de cerca de três a cinco dias para o caso de infecções respiratórias. Na pediatria, a AIM encontrou Inocência Chamabale que está internada com a sua filha de três meses de vida, desde a última quinta-feira, por conta de complicações respiratórias e tosse.

 

“O que me trouxe aqui é que a criança estava com problemas de respiração e tosse. Não estava a respirar bem”, disse Chamabale que esperava receber alta hospitalar ainda na tarde de terça-feira. A mãe conta que, neste mês, é a segunda vez que busca os serviços pediátricos, sendo que a primeira foi com a outra filha gémea e ficou internada por quase uma semana.

 

Na mesma situação está Laucina Ernesto, mãe de uma menina de dois anos e nove meses, que apresentava problemas de respiração, mas que graças ao quadro de recuperação assinalável, diz que sua alta hospitalar está prevista para quarta-feira.

 

A médica pediátrica do hospital assegurou, no entanto, que apesar de o hospital estar em obras de reabilitação, o sector de pediatria continua com os serviços de atendimento aos pacientes a decorrer com normalidade. (AIM)

 

O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira (21), no seguimento de uma rusga à casa da Presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, em Joanesburgo, pela Direcção de Investigação da Autoridade Nacional da Procuradoria (NPA) na manhã de terça-feira (19). "Dada a gravidade das alegações e a extensa especulação mediática que daí resulta, decidi tirar uma licença especial do meu cargo de Presidente da Assembleia Nacional, com efeito imediato", disse Mapisa-Nqakula.

 

“Esta decisão foi comunicada ao Secretário do Parlamento e ao Presidente da República na qualidade de Chefe de Estado.”

 

Ela disse que a sua decisão visa proteger a integridade do Parlamento e garantir que o seu dever sagrado e o seu nome continuem imaculados. Esta medida surge após uma forte reacção que se seguiu a incursão da Direcção de Investigação da Autoridade Nacional de Procuradoria à sua casa em Joanesburgo.

 

A operação da Direcção de Investigação estava ligada a uma investigação sobre alegada corrupção durante o mandato da Presidente do Parlamento como ministra da Defesa. Mapisa-Nqakula disse ter o “maior respeito” pelo sistema legislativo e pelas leis do país, algumas das quais ela teve o “privilégio de aprovar”.

 

Ela disse: “Garanto à nação a minha vontade de cooperar plenamente com as agências de aplicação da lei em qualquer assunto que possa surgir”. Mapisa-Nqakula disse que não houve nenhuma notificação formal de um mandado de prisão ou comunicação sobre uma prisão iminente para ela, nem para a sua equipa jurídica.

 

“Os meus advogados, no entanto, informaram proactivamente a Autoridade Nacional do Ministério Público da minha disponibilidade para cumprir e cooperar caso seja necessário”, disse ela. O advogado de Mapisa-Nqakula, Stephen May, disse que a possibilidade de a sua cliente se entregar à polícia estava "sob consideração".

 

"Mas o litígio é esperado dadas as circunstâncias."

 

Ontem, o Parlamento anunciou que Mapisa-Nqakula vai liderar uma delegação multipartidária à 148ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP) a ter lugar em Genebra, na Suíça. Mas Mapisa-Nqakula disse que não participaria na viagem “há muito planeada”.

 

May também confirmou a informação, dizendo que ela permaneceria no país, acrescentando que "quaisquer relatos da mídia em contrário de que ela irá são falsos".

 

A rusga à casa de Mapisa-Nqakula esta semana ocorreu depois de o promotor ter apresentado uma queixa contra Mapisa-Nqakula à Comissão Mista de Ética e Interesses dos Membros do Parlamento no início deste mês. Ela foi citada num depoimento apresentado à Direcção de Investigação pelo proprietário da Umkhombe Marine, empresa responsável pelo transporte de cargas da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF) para missões militares.

 

A empresária Nombasa Ntsondwa-Ndhlovu alegou ter pago até R2,3 milhões em dinheiro a Mapisa-Nqakula entre Novembro de 2016 e Julho de 2019, quando ela era ministra da Defesa.

 

A licença especial de Mapisa-Nqakula ocorre dois anos e sete meses depois de o Presidente Cyril Ramaphosa ter nomeado a sua ex-ministra da Defesa como presidente da Assembleia Nacional na sequência da remodelação do seu governo em Agosto de 2021. Em Setembro de 2020, Ramaphosa descontou três meses do seu salário, doado ao Fundo de Solidariedade, por Mapisa-Nqakula ter permitido que um grupo de líderes do ANC embarcasse num voo oficial da Força Aérea para o Zimbabwe. O ANC teve de reembolsar o custo de transporte no valor de 232.000 rands. Durante o seu mandato como ministra da Defesa, de 2012 a 2021, as dificuldades financeiras e a desordem dos equipamentos militares suscitaram críticas generalizadas.

 

No entanto, a passagem de Mapisa-Nqakula de ministra da Defesa para presidente do Parlamento foi desencadeada pela sua contradição com a descrição feita pelo Presidente da República acerca dos motins de Julho de 2021 como uma “contra-revolução” em vez de uma insurreição. Em alguns círculos do ANC, a medida foi vista como o afastamento do governo de uma pessoa insuficientemente leal. (News24)

 

 

O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira (21), no seguimento de uma rusga à casa da Presidente da Assembleia Nacional, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, em Joanesburgo, pela Direcção de Investigação da Autoridade Nacional da Procuradoria (NPA) na manhã de terça-feira (19). "Dada a gravidade das alegações e a extensa especulação mediática que daí resulta, decidi tirar uma licença especial do meu cargo de Presidente da Assembleia Nacional, com efeito imediato", disse Mapisa-Nqakula.

 

“Esta decisão foi comunicada ao Secretário do Parlamento e ao Presidente da República na qualidade de Chefe de Estado.”

 

Ela disse que a sua decisão visa proteger a integridade do Parlamento e garantir que o seu dever sagrado e o seu nome continuem imaculados. Esta medida surge após uma forte reacção que se seguiu a incursão da Direcção de Investigação da Autoridade Nacional de Procuradoria à sua casa em Joanesburgo.

 

A operação da Direcção de Investigação estava ligada a uma investigação sobre alegada corrupção durante o mandato da Presidente do Parlamento como ministra da Defesa. Mapisa-Nqakula disse ter o “maior respeito” pelo sistema legislativo e pelas leis do país, algumas das quais ela teve o “privilégio de aprovar”.

 

Ela disse: “Garanto à nação a minha vontade de cooperar plenamente com as agências de aplicação da lei em qualquer assunto que possa surgir”. Mapisa-Nqakula disse que não houve nenhuma notificação formal de um mandado de prisão ou comunicação sobre uma prisão iminente para ela, nem para a sua equipa jurídica.

 

“Os meus advogados, no entanto, informaram proactivamente a Autoridade Nacional do Ministério Público da minha disponibilidade para cumprir e cooperar caso seja necessário”, disse ela. O advogado de Mapisa-Nqakula, Stephen May, disse que a possibilidade de a sua cliente se entregar à polícia estava "sob consideração".

 

"Mas o litígio é esperado dadas as circunstâncias."

 

Ontem, o Parlamento anunciou que Mapisa-Nqakula vai liderar uma delegação multipartidária à 148ª Assembleia da União Interparlamentar (UIP) a ter lugar em Genebra, na Suíça. Mas Mapisa-Nqakula disse que não participaria na viagem “há muito planeada”.

 

May também confirmou a informação, dizendo que ela permaneceria no país, acrescentando que "quaisquer relatos da mídia em contrário de que ela irá são falsos".

 

A rusga à casa de Mapisa-Nqakula esta semana ocorreu depois de o promotor ter apresentado uma queixa contra Mapisa-Nqakula à Comissão Mista de Ética e Interesses dos Membros do Parlamento no início deste mês. Ela foi citada num depoimento apresentado à Direcção de Investigação pelo proprietário da Umkhombe Marine, empresa responsável pelo transporte de cargas da Força de Defesa Nacional da África do Sul (SANDF) para missões militares.

 

A empresária Nombasa Ntsondwa-Ndhlovu alegou ter pago até R2,3 milhões em dinheiro a Mapisa-Nqakula entre Novembro de 2016 e Julho de 2019, quando ela era ministra da Defesa.

 

A licença especial de Mapisa-Nqakula ocorre dois anos e sete meses depois de o Presidente Cyril Ramaphosa ter nomeado a sua ex-ministra da Defesa como presidente da Assembleia Nacional na sequência da remodelação do seu governo em Agosto de 2021. Em Setembro de 2020, Ramaphosa descontou três meses do seu salário, doado ao Fundo de Solidariedade, por Mapisa-Nqakula ter permitido que um grupo de líderes do ANC embarcasse num voo oficial da Força Aérea para o Zimbabwe. O ANC teve de reembolsar o custo de transporte no valor de 232.000 rands. Durante o seu mandato como ministra da Defesa, de 2012 a 2021, as dificuldades financeiras e a desordem dos equipamentos militares suscitaram críticas generalizadas.

 

No entanto, a passagem de Mapisa-Nqakula de ministra da Defesa para presidente do Parlamento foi desencadeada pela sua contradição com a descrição feita pelo Presidente da República acerca dos motins de Julho de 2021 como uma “contra-revolução” em vez de uma insurreição. Em alguns círculos do ANC, a medida foi vista como o afastamento do governo de uma pessoa insuficientemente leal. (News24)

 

 

A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) estará focada e sintonizada na capital da Zâmbia, Lusaka, onde uma cimeira colocará sob o microscópio as duas operações continentais de manutenção da paz do bloco regional.

 

A SAMIM, a Missão Militar da SADC em Moçambique, deverá terminar em Julho, e em Dezembro último foi enviado o destacamento inicial da Missão da SADC na República Democrática do Congo (SAMIDRC).

 

A SADC afirma em comunicado que “realiza amanhã (sábado), uma Cimeira Extraordinária da Troika do Órgão, mais a Troika da SADC, os Países Contribuintes de Tropas (TCCs) para a SAMIDRC, os Países Contribuintes de Pessoal para a SAMIM”, respectivamente, para a República Democrática do Congo e Moçambique.

 

Na agenda, consta a situação de segurança nos 16 países membros da SADC “com destaque para a situação na parte oriental da RDC e Cabo Delgado no norte de Moçambique”. A cimeira deverá receber actualizações sobre os progressos tanto da SAMIDRC como da SAMIM implantados “para apoiar os governos da RDC e de Moçambique na restauração da paz, segurança e estabilidade para preparar o caminho para o desenvolvimento sustentável”.

 

Três membros da SADC, Malawi, África do Sul e Tanzânia são Países Contribuintes de Tropas (TCCs) para a SAMIDRC, sendo que a SAMIM, que em breve será extinta, conta com contribuições de pessoal e equipamento de 10 Estados da SADC. São eles Angola, Botswana, RDC, Lesoto, Malawi, Namíbia, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

 

A SAMIDRC tem actualmente um mandato de 12 meses que, segundo o governo sul-africano, termina em 15 de Dezembro deste ano.

 

Para além da confirmação de 2 900 militares sul-africanos, não há informações da SADC sobre o número de tropas do Malawi e da Tanzânia, mas tudo indica que o governo de Lilongwe destacou um batalhão para a República Democrática do Congo. O destacamento de tropas sul-africanas na RDC custará “pouco mais de 2 mil milhões de rands”, disse o governo.

 

Uma declaração da SADC emitida em Janeiro refere que a presença da SAMIDRC demonstra o compromisso da SADC em apoiar os esforços da RDC para alcançar a paz e a estabilidade a longo prazo. (Defenceweb)

 

 

O Movimento Cívico sobre o Fundo Soberano de Moçambique, um agrupamento de organizações da sociedade civil, defende a necessidade de se clarificar os critérios para a selecção do perito, que terá a responsabilidade de certificar a projecção das receitas do Fundo Soberano.

 

Num comentário publicado há dias sobre o Regulamento da Lei que cria o Fundo Soberano, o Movimento afirma que a falta de clareza neste aspecto abre espaço para uma contratação sem critérios e que “fere os elementares princípios de transparência na contratação de serviços pelo Estado”.

 

Outro aspecto que preocupa a sociedade civil é o facto de o regulamento definir a intervenção “aleatória” do Ministro das Finanças na contratação de gestores externos do Fundo Soberano. O grupo entende que a selecção e contratação dos gestores externos do Fundo Soberano deve, sempre, ter aprovação do Ministro das Finanças e não apenas quando “se mostrar necessário”.

 

Igualmente, o Movimento Cívico sobre o Fundo Soberano entende que o Governo devia se basear nas receitas do ano anterior para efectuar a divisão das receitas de gás natural, no lugar de usar as projecções para definir as receitas a serem transferidas à Conta Única do Tesouro e à Conta Única do Fundo Soberano.

 

“No processo que antecedeu a aprovação da Lei, a Sociedade Civil alertou, por diversas ocasiões, contra este risco que exacerba a lógica de perpetuar o endividamento no lugar de privilegiar a poupança”, sublinha.

 

Aliás, para a Sociedade Civil, o regulamento poderá não ser cabal para viabilizar a implementação do Fundo Soberano, uma vez que existem aspectos da Lei que precisam de uma revisão urgente, mormente as projecções e depósitos das receitas na Conta Única do Tesouro e Conta Única do Fundo (art. 8); transferências da Conta Única do Fundo para o Orçamento do Estado (art. 9); e transferências para a Conta Única do Fundo (nr. 2 do art. 10).

 

“A Análise da Sociedade Civil conclui que a proposta de Regulamento da Lei não contém as directivas necessárias que se considerem uma metodologia ou parâmetros suficientes para a formulação de uma metodologia de cálculo das projecções de receitas do GNL em Moçambique, tal como requerido pela Lei do FSM”, atiram as 13 organizações da sociedade civil que constituem o Movimento.

 

Refira-se que o Regulamento da Lei que cria o Fundo Soberano foi aprovado na semana finda pelo Governo, sendo que a entidade deverá estar operacional entre fim de Março e princípio do mês de Abril próximo. (Carta)

CTA010420

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) diz que o Estado deve às empresas do sector privado cerca de 380 milhões de USD, resultantes do fornecimento de bens e serviços. Ao câmbio do dia, disponibilizado pelo Banco de Moçambique, o valor corresponde a 24 mil milhões de Meticais.

 

Entretanto, o Governo não tem sido flexível em liquidar a dívida, o que afecta severamente as empresas. Para flexibilizar o pagamento, a CTA propôs, há dias, ao Ministério da Economia e Finanças (MEF) que compense a dívida que o Estado tem com as empresas através das obrigações fiscais que as empresas têm com o Estado.

 

Para a CTA, a medida irá atenuar a pressão da tesouraria das empresas, bem como do Estado. A proposta de compensação foi, igualmente, estendida ao processo de reembolso do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), pelo Estado às empresas, que também é marcado por morosidade.

 

Estas propostas foram apresentadas num dia em que o Pelouro de Política Fiscal, Aduaneira e Comércio Internacional da CTA reuniu-se com uma equipa do MEF para analisar e coordenar as acções da matriz de seguimento da XVIII CASP e da matriz de trabalho do pelouro.

 

Sobre estas propostas, a CTA diz que os representantes do MEF afirmaram que o organismo irá analisar o mecanismo de alargamento da compensação das diversas obrigações fiscais com vista ao alívio da pressão da tesouraria das empresas e do Estado.

 

Relativamente à elevada carga tributária, o MEF assegurou à CTA que está a efectuar um trabalho de levantamento dos impostos e taxas ao nível nacional, distrital e municipal, para depois produzir uma proposta de reforma tributária. Prometeu levar este assunto ao próximo encontro de trabalho com a Associação Nacional dos Municípios.

 

A XIX CASP 2024, o maior evento de Diálogo Público-Privado (DPP) e de discussão de negócios em Moçambique, terá lugar nos dias 16 e 17 de Maio do ano em curso. Em termos de investimentos, esta edição da CASP irá discutir uma carteira de projectos estimada em 1,7 mil milhões de USD, maioritariamente dos sectores da agro-indústria, turismo, infra-estruturas e energia, e com potencial de gerar mais de 200 mil postos de empregos em cinco anos. O valor representa um crescimento em 300 milhões de USD em comparação aos 1.4 mil milhões de USD do pacote de projectos discutido na CASP de 2023. (E. Chilingue)

THEEQUALIZER210324

A série cheia de acção, protagonizada por Queen Latifah, regressa com novos episódios todas as sexta-feira às 20h

 

The Equalizer está de regresso à terceira temporada, em exclusivo, na Universal TV. A série é protagonizada por Queen Latifah, como Robyn McCall, e a nova temporada conta com 18 episódios de uma (1) hora que vai para o ar a partir de 29 de Março de 2024, às 20:00h, na Universal TV (na DStv – posição 117 e GOtv – posição 38).

 

A terceira temporada começa depois da tumultuosa e intrigante final da segunda temporada, que viu Robyn McCall ser raptada em frente da sua filha Delilah e da ‘Tia Vi’. McCall trabalhou arduamente para manter a sua vida familiar e profissional separada, ela terá de enfrentar um conjunto de novos desafios quando escapar dos seus raptores.

 

Donal Logue (Sons of Anarchy, Vikings) interpreta Colton Fisk, um dos agentes mais condecorados da CIA, ex-chefe do sindicato da CIA no Médio Oriente durante a década de 1990. Com uma autorização de segurança de nível 5 (a mais elevada possível), fez parte da equipa de inteligência que eliminou Bin Laden e, durante muitos anos, dirigiu "The Farm" (a base de treino da CIA na Virgínia). A adição de Logue segue-se à morte do Bispo, o mentor de Robyn, pelo seu inimigo de longa data, Mason Quinn (Chris Vance). À semelhança do Bispo, Colton é um agente poderoso e bem relacionado que navega nas sombras.

 

Além da Queen Latifah, The Equalizer conta também com a participação de Lorraine Toussaint (Viola "Tia Vi" Marsette), Tory Kittles (Detetive Marcus Dante), Adam Goldberg (Harry Keshegian), Liza Lapira (Melody "Mel" Bayani) e Laya DeLeon Hayes (Delilah).

 

A terceira temporada de The Equalizer estreia a 29 de março, às 20:00h, em exclusivo no Universal TV, com novos episódios todas às sextas-feiras. Os episódios também estarão disponíveis no Universal+.

 

A Universal TV está disponível no canal 117 da DStv e no canal 38 da GOtv.

A sede do distrito de Quissanga e a ilha Quirimba, no vizinho distrito do Ibo, estão livres dos terroristas, anunciou esta terça-feira (19), em Pemba, o Governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo.

 

Tauabo disse que as operações das Forças de Defesa e Segurança permitiram não só escorraçar os terroristas, mas também o abastecimento em produtos alimentares e não alimentares aos mercados de Quissanga e Quirimba.

 

Refira-se que os terroristas ocuparam Quirimba pelo menos sete dias, onde além de matar agentes das Forças de Defesa e Segurança, roubaram produtos alimentares. Em Quissanga, onde também ocuparam por duas semanas, roubaram vários bens e destruíram infra-estruturas do governo. (Carta)

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