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As gasolineiras que operam em Moçambique estão à espera que o Governo anuncie, o mais breve possível, novos preços de combustíveis, os quais deverão aumentar suas margens em face de alegadas perdas de operação e ausência de compensação por parte do executivo.
As gasolineiras estiveram reunidas na passada terça-feira e chegaram a consenso numa coisa: a continuidade das suas operações – importação e distribuição – depende de o executivo ressarcir, pelo menos em parte, sua dívida para com as empresas, decorrente do não pagamento de compensações anteriores. A dívida global é de cerca de 140 milhões de USD. Algumas gasolineiras dependem desse dinheiro para manter suas operações em curso.
“Carta” soube que técnicos do governo do sector dos combustíveis estiveram reunidos ontem avaliando cenários futuros, com ênfase para a determinação de novos preços, um anúncio que estava inicialmente previsto para esta semana, de acordo com o calendário de revisão de preços.
O anúncio de novos preços está para dentro de dias. O grande dilema do Governo é como encontrar um balanço entre novos preços que não sobrecarregue demasiado consumidores e distribuidores. Cortar mais na taxa sobre os combustíveis parece ser irrelevante, pois isso não aumentará as margens dos operadores, conforme eles exigem. Hoje, elas operam com margens negativas.
Uma hipótese que está em cima da mesa é a suspensão da cobrança do IVA (Imposto sobre Valor Acrescentado) sobre os combustíveis. Mas isso poderá suscitar um rol de perguntas incómodas do FMI, nomeadamente sobre o destino dado aos 140 milhões de dívida, retirados do Fundo de Compensação, estabelecido por decreto para fazer a correcção regular das perdas dos operadores. (M.M.)
