O Serviço Nacional de Migração de Moçambique (SENAMI) avançou, esta quinta-feira, que vai deportar, nos próximos dias, o treinador de atletismo português Alberto Lário, por permanecer de forma ilegal no país.
Segundo o porta-voz do SENAMI, Felizardo Jamaca, o treinador de atletismo Alberto Lário já residiu anteriormente no país e deixou caducar a sua autorização de residência sem renovar desde 2019, o que constitui uma infracção migratória.
“Por conta dessa irregularidade, o cidadão será repatriado para o seu país de proveniência porque não reúne requisitos para permanecer no território nacional, nem para desenvolver a actividade que se encontrava a exercer e mesmo para fixar residência”.
Questionado sobre o pedido de nacionalidade do treinador, Jamaca respondeu: “para aquisição da nacionalidade é preciso observar certos requisitos e se de certa forma não lhe foi respondida, devia aproximar aos serviços nos quais ele fez a solicitação para saber do seu desfecho, mas não há nenhuma prova de que ele submeteu um pedido de nacionalidade”.
“O cidadão deve respeitar as normas de permanência no país e ter o visto adequado para desenvolver as actividades que vem desenvolvendo no território nacional. Entretanto, nós já entramos em contacto com a Embaixada de Portugal para podermos deportá-lo e ele deverá aceitar ser deportado, para podermos criar condições para que ele regresse. No nosso território este indivíduo tem a naturalidade moçambicana e a nacionalidade portuguesa, portanto, ele deve ser tratado como um estrageiro.
Questionado sobre quem fez a denúncia, Jamaca garantiu que o treinador foi detido no âmbito das fiscalizações que têm sido levadas a cabo pelo SENAMI contra indivíduos estrangeiros que se encontram no país sem nenhum documento de identificação ou autorização de residência, porém, a desenvolver uma actividade em Moçambique.
Avançou que o técnico já estava na mira do SENAMI, graças a informações recebidas através de uma denúncia.
“As denúncias são claramente as nossas fontes de investigação e fontes de trabalho. A informação ajuda-nos muito a encontrar certos cidadãos em permanência irregular em território nacional, por isso apelamos a todos que denunciem se tiverem informações de cidadãos que vivem de forma ilegal no país”.
Segundo Jamaca, o Serviço Nacional de Migração já repatriou, no primeiro semestre deste ano, cerca de 70 cidadãos ilegais, dos quais, nigerianos, etíopes, malianos, tanzanianos, entre outros.