Filipe Nyusi alertou ontem que nenhuma província do país “está imune” à ação de “terroristas”, apontando a prevenção e combate aos grupos armados como prioridade.
“As ações do terrorismo podem ocorrer em qualquer parte do território nacional, nenhuma província pode se sentir imune”, declarou Nyusi.
O chefe de Estado moçambicano falava durante a tomada de posse do novo vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, e de cinco novos secretários de Estado.
Filipe Nyusi avançou que mesmo as províncias que escapam aos ataques de grupos armados podem ser palco de recrutamento de membros ou fontes de financiamento.
Nesse sentido, a prioridade dos governantes locais deve ser a prevenção e combate ao terrorismo, uma vez que a violência atenta contra a vida das populações e constitui um grande obstáculo ao desenvolvimento, prosseguiu.
Filipe Nyusi apelou aos dirigentes hoje investidos nas novas funções que impulsionem a execução dos programas de combate à pobreza e desenvolvimento do país.
A província moçambicana de Cabo Delgado enfrenta há cinco anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
A insurgência levou a uma resposta militar desde julho de 2021 com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás, mas surgiram novas vagas de ataques a sul da região e na vizinha província de Nampula.
O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.(Lusa)