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As operações de busca desencadeadas pelo Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) resultaram no resgate de 1403 pessoas, até ao fim da tarde desta segunda-feira, que se encontravam sitiadas nos distritos de Boane, Magude e Moamba, na província de Maputo, na sequência das inundações.
Dados do INGD indicam que, por conta disso, foram abertos mais seis Centros de Acomodação nos distritos de Boane (dois), Magude (três) e Cidade da Matola (um), abrigando um total de 8.679 pessoas.
Entretanto, o Centro de Acomodação de Campoane foi encerrado e as famílias foram transferidas para o novo que funciona na Escola Secundária Filipe Jacinto Nyusi.
Porém, na sequência das inundações foi registado mais um óbito, elevando o total para sete e o número de pessoas afectadas subiu para 37 mil. Mais de sete mil casas continuam inundadas, oito estão parcialmente destruídas e duas totalmente destruídas. Também estão afectadas 15 unidades sanitárias e igual número de escolas, 13 mil hectares de culturas diversas e três postes de transformação de corrente eléctrica. No plano material, há também a registar o desaparecimento de 73 barcos.
Neste momento 116 elementos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FDS) e 20 nadadores voluntários estão no terreno a prestar apoio. Estão a ser usados também 17 barcos, dois drones e alguns helicópteros que sobrevoam alguns bairros para salvar pessoas que se encontram nas árvores e em cima de casas.
O ministro da Defesa Nacional, Cristóvão Chume, exortou os militares que integram a missão humanitária no distrito de Boane, província de Maputo, a continuarem empenhados nas operações de busca e salvamento. Chume falava no último domingo (12) durante uma visita com o objectivo de conhecer o trabalho que o Sector da Defesa está a realizar no apoio às vítimas das enchentes.
Durante a sua visita, Cristóvão Chume interagiu com os militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e com os prestadores do Serviço Cívico moçambicano comprometidos com a missão humanitária, encorajando-os a continuar o seu trabalho com zelo e abnegação.
Cerca de 90 mil pessoas foram reinstaladas em quatro centros de alojamento, continuando os trabalhos de busca e salvamento, segundo o Comandante da Unidade Nacional de Protecção Civil, Coronel Mário Tamele. (Marta Afonso)
