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segunda-feira, 01 abril 2019 15:06

Renamo propõe adiamento do recenseamento eleitoral por 45 dias

A Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição em Moçambique, defendeu hoje o adiamento do início do recenseamento eleitoral por 45 dias, para não penalizar o eleitorado das zonas afetadas pelo ciclone Idai.

 

"Entendemos ser salutar que o recenseamento eleitoral seja adiado por 45 dias para permitir o reassentamento [das populações afetadas], o que permitirá o mapeamento seguro dos postos de votação", disse José Manteigas, porta-voz da Renamo, falando em conferência de imprensa, em Maputo. O Governo moçambicano adiou a data do início do recenseamento eleitoral por 15 dias, como consequência da passagem do ciclone Idai, que assolou a zona centro do país. Segundo o calendário anterior, o recenseamento eleitoral devia começar hoje, 01 de abril, mas entretanto foi adiado para o próximo dia 15, para dar tempo às populações das zonas afetadas para se recomporem dos estragos causados pela calamidade.

Contudo, o porta-voz da Renamo considerou o período de suspensão definido pelo Governo "irrisório". Para a Renamo, o Governo agiu de forma "precipitada", pelo que o partido acusa o executivo de tentar "desencorajar" parte do eleitorado de participar nas eleições gerais de 15 de outubro. O período que a Renamo propõe é "razoável para a reabilitação psicológica dos concidadãos atingidos por esta catástrofe", afirmou José Manteigas.

 

Ma mexer na data das eleições gerais. O ciclone Idai atingiu a região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março, afetando 2,9 milhões de pessoas. As autoridades moçambicanas atualizaram em 518 o número de mortos provocados pelo ciclone e pelas cheias que se lhe seguiram.

 

Há ainda a registar 1.641 feridos e mais de 146 mil pessoas instaladas em centros de acolhimento. (Lusa)

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