O maior partido da oposição, Renamo, decidiu paralisar hoje a cidade de Maputo, como continuação da contestação dos resultados das eleições autárquicas do passado dia 11 de Outubro. A paralização decorre sob o lema: “Fique em casa. Ninguém trabalha. Tudo fechado”.
O cabeça-de-lista do partido Renamo, Venâncio Mondlane, reiterou na sexta-feira o seu repúdio ao alegado roubo de votos das últimas eleições autárquicas. “Estamos a realizar uma mega reivindicação popular, designada Maputo faça justiça eleitoral, visando repudiar os resultados do Conselho Constitucional”, lê-se num documento partilhado pelo partido.
A manifestação tem por objectivo pressionar de forma pacífica as instituições da justiça de modo a repor a verdade eleitoral, primando pela manutenção de um ambiente de paz no âmbito dos direitos fundamentais do povo.
“Já marchamos demais, agora chegou a altura de paralisarmos a economia e não nos responsabilizamos por quaisquer impactos sociais, profissionais ou pessoais que possam advir da opção de exposição à rua nesta segunda-feira”, disse Venâncio Mondlane.
Lembre-se que a Renamo deu entrada recentemente na Procuradoria Geral da República (PGR) uma queixa-crime contra o Conselho Constitucional por falsificação e manipulação dos resultados eleitorais. Pelas mesmas razões, a Renamo apresentou uma queixa-crime à PGR contra a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e contra o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE).
De acordo com os últimos resultados partilhados pelo CC, a Frelimo saiu vencedora em 56 municípios, incluindo Maputo, enquanto a Renamo venceu em quatro autarquias e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) num município (Beira). Ontem, as eleições foram parcialmente repetidas em três municípios e totalmente num município. (M.A)