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segunda-feira, 16 setembro 2024 07:12

Ataques Terroristas: CNE diz que há condições para votação em Cabo Delgado

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O vogal da Comissão Nacional de Eleições (CNE) moçambicana Alberto Sabe garantiu sábado haver condições para a realização das eleições gerais de 09 de outubro em todos os distritos da província de Cabo Delgado, incluindo nas zonas afetados por grupos terroristas.

 

"A partir de amanhã [domingo] estaremos com equipas já formadas, [que] vão deslocar-se às regiões sul, centro e norte de Cabo Delgado, onde vão fazer a réplica dos conteúdos que foram ministrados (...). E nós estamos preparados para fazer essas réplicas em todos os distritos da província de Cabo Delgado. Quer dizer, há condições, sim, para a realização de eleições", disse Alberto Sabe, em declarações aos jornalistas em Pemba.

 

O responsável falava no final de ação de capacitação do pessoal técnico que vai dar a continuidade à formação dos elementos da CNE, ao nível dos 17 distritos de Cabo Delgado, que vão assegurar as eleições gerais de 09 de outubro.

 

Apesar de distritos como Quissanga, Muidumbe, Macomia e Mocímboa da Praia ainda registarem movimentos de grupos terroristas – que operam na província desde outubro de 2017 – e pequenos ataques, Alberto Sabe garantiu que as autoridades locais estão em coordenação para garantir a realização das eleições naquelas zonas. "Nós vamos para aqueles distritos que estavam críticos porque recenseamos e com certeza há equipas que vão para esses distritos para fazer réplicas", garantiu.

 

Moçambique realiza em 09 de outubro as eleições gerais, cuja campanha eleitoral arrancou oficialmente em 24 de agosto, num escrutínio que inclui eleições presidenciais, legislativas, das assembleias provinciais e de governadores de província.

 

Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar nas eleições gerais de 09 de outubro, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, de acordo com dados da Comissão Nacional de Eleições (CNE).

 

Um total de 37 forças políticas concorrem às legislativas e provinciais e, à Presidência são quatro os candidatos: Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder); Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, principal partido de oposição); Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar; e Venâncio Mondlane, apoiado agora pelos extraparlamentares Povo Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos) e Revolução Democrática (RD). (Lusa)

 

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