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quinta-feira, 03 outubro 2024 03:51

Eleições 2024: Frelimo continua a bloquear observação eleitoral

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O partido Frelimo, no poder desde a independência nacional, continua a bloquear a observação eleitoral, nos diferentes pontos do país. A informação é avançada pelo Consórcio Eleitoral Mais Integridade, em mais um relatório semanal de observação da campanha eleitoral, que termina domingo em todo o país.

 

De acordo com o Relatório, divulgado ontem, os mais recentes casos aconteceram nas províncias de Sofala, Zambézia, Nampula e Cabo Delgado. Em Quelimane, na província da Zambézia, por exemplo, o Secretário do Comité da Frelimo, no Bairro Torrone B, impediu o observador de acompanhar a campanha do seu partido, exigindo apresentação de uma credencial carimbada pelo Comité Provincial daquela formação política.

 

Já nos distritos de Marromeu, Angoche e Montepuez, nas províncias de Sofala, Nampula e Cabo Delgado, respectivamente, observadores daquela plataforma foram impedidos de fotografar as caravanas do partido Frelimo.

 

Para além do bloqueio das suas actividades de observação da campanha eleitoral, pelo partido no poder, o Consórcio Eleitoral “Mais Integridade” queixa-se também de atrasos na acreditação dos seus observadores, na província da Zambézia, facto que deixa a plataforma “profundamente preocupada”.

 

“A Zambézia, o segundo maior círculo do país, é uma das províncias onde o Consórcio pretende realizar a contagem paralela (mais conhecida por PVT) na votação da próxima semana. Para o efeito, o Consórcio submeteu, há mais de duas semanas, na Comissão Provincial de Eleições (CPE) da Zambézia, 279 pedidos de credenciação para igual número de observadores. No entanto, até ao fim de terça-feira, a CPE da Zambézia ainda não tinha emitido as credenciais. À insistência do Mais Integridade, a CPE tem apenas garantido que irá emitir as credenciais, sem apresentar datas, o que preocupa o Consórcio, tendo em conta a aproximação da data da votação, próxima semana”, relata.

 

De acordo com o Relatório do “Mais Integridade”, os partidos da oposição têm também visto os seus eventos boicotados. “O PODEMOS [de Venâncio Mondlane] e a Renamo foram os partidos cujas actividades foram bloqueadas pela PRM, em Nacala-Porto (Nampula), porque o local da campanha coincidia com o local onde o antigo Presidente da República, Armando Guebuza, ia realizar a sua actividade. Na cidade da Matola, a Renamo foi impedida de afixar panfletos de seu candidato presidencial”, narra a fonte. (Carta)

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