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sexta-feira, 18 outubro 2024 06:58

Eleições 2024: Ossufo Momade ainda no silêncio sobre os resultados eleitorais

 

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O Presidente da Renamo, Ossufo Momade, continua a ser o único candidato da oposição que ainda não se pronunciou publicamente em relação aos resultados das eleições de 09 de Outubro, que vêm sendo divulgados pelos órgãos eleitorais e que dão vitória à Frelimo e seu candidato Daniel Chapo, em todo o território nacional.

 

De acordo com os dados oficiais, Ossufo Momade é o terceiro candidato presidencial mais votado, estando atrás de Venâncio Mondlane, do PODEMOS, enquanto Lutero Simango, do MDM, aparece em último lugar.

 

Venâncio Mondlane e Lutero Simango já se pronunciaram sobre os resultados divulgados pelas Comissões Provinciais de Eleições, com o candidato suportado pelo PODEMOS (Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique) a considerá-los falsos e o Presidente do MDM a afirmar que ainda está a fazer o apuramento paralelo.

 

O actual líder da oposição, que concorre ao cargo de Presidente da República, pela segunda vez consecutiva, havia agendado uma conferência de imprensa para reagir aos resultados, no último sábado, mas “por razões de força maior”, o evento foi adiado minutos antes da hora marcada e, até hoje, ainda não se pronunciou acerca dos resultados.

 

Ontem, o Presidente da Renamo até emitiu um comunicado de imprensa para falar dos 45 anos da morte de André Matsangaissa, fundador da Resistência Nacional de Moçambique (actual partido Renamo) – o movimento rebelde que desencadeou a guerra dos 16 anos – mas nada disse sobre as eleições presidenciais, legislativas e das Assembleias Provinciais de 09 de Outubro último.

 

Desde a votação da passada quarta-feira, a única reação pública da Renamo aos resultados veio da província de Nampula, onde Ossufo Ulane, mandatário daquele partido na cidade de Nampula, apelou a Ossufo Momade a demitir-se do cargo, após o inesperado terceiro lugar.

 

Aliás, devido à onda de insatisfação dos membros da Renamo, a “perdiz” orientou, na terça-feira, as delegações provinciais a evitarem “actos de anarquia” face aos resultados. “Não à promoção de actos de anarquia que ponham em causa a imagem e o bom nome do presidente do partido [Ossufo Momade]”, lê-se no documento de 15 de Outubro, assinado pela secretária-geral do partido, Clementina Bomba, ao qual a Lusa teve acesso.

 

A Renamo, o maior partido da oposição desde a introdução da democracia multipartidária, aparece na terceira posição em todas as contagens (seja oficial, assim como paralela). Lembre-se que a contagem paralela do PODEMOS, por exemplo, coloca Venâncio Mondlane e o seu partido em primeiro lugar. Esta será a primeira vez em que a Renamo virá a sua influência política reduzida em todo o país, sobretudo na Assembleia da República, onde deixará de ser o principal partido da oposição. (Carta)

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