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quarta-feira, 31 julho 2019 04:17

Eleições 2019: CEC desmente “aposta” da Frelimo nas mulheres

Três dias depois do Presidente da República ter dito que o “forte da Frelimo (seu partido) são as mulheres”, durante o encerramento da quarta sessão ordinária do Conselho Nacional da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), que teve lugar, na última sexta-feira, na cidade de Dondo, província de Sofala, o Centro de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (CEC) veio, esta segunda-feira, confrontá-lo com os números que apontam a menor presença deste género nos cargos de decisão, apesar de serem a maioria da população nacional (52 por cento) e a Constituição da República garantir a equidade e igualdade de género, no artigo 36.

 

 

De acordo com os dados do CEC, dos 21 ministérios criados por Filipe Nyusi, em 2015, apenas seis são liderados por mulheres. Os cargos de vice-ministro, por sua vez, são ocupados por 10 mulheres, dos 21 existentes, enquanto nas províncias somente três mulheres estão na liderança.

 

Por essa razão, o CEC entende que se as mulheres são o “forte da Frelimo, elas deviam estar, proporcionalmente, lado a lado dos homens da Frelimo na mesa de tomada de decisões”, pelo que, “o Presidente da Frelimo precisa fazer das suas palavras uma realidade na composição do seu Governo, caso seja reeleito”.

 

Refira-se que, para o cargo de Governador da província, a Frelimo apostou em três mulheres, sendo elas Francisca Domingas (Manica), Margarida Mapanzene (Gaza) e Judite Massengele (Niassa) (Carta)

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