No leste de Joanesburgo, as autoridades anunciaram o encerramento das vias de acesso ao centro das cidades de Germiston, Primrose, Dawnview, Sunnyridge e Melvern. Os motoristas foram também aconselhados a evitar as autoestradas R21, N12 e N1, devido a bloqueios por taxistas. Há vários estabelecimentos comerciais pilhados e destruídos em Gauteng. Um residente na avenida Jules Street, leste de Joanesburgo, descreveu a avenida como uma "zona de guerra".
Segundo a polícia, a violência eclodiu em Jeppestown, centro da cidade de Joanesburgo e rapidamente se alastrou a outras áreas no sul e leste da cidade, nomeadamente Jules Street, Malvern, Regents Parks, Rosentenville, Turffontein e Hillbrow, e ainda a Tembisa e Germiston. Em Hillbrow, a polícia usou esta tarde gás lacrimogéneo para fazer dispersar as multidões que responderam com apedrejamento das forças policiais.
A polícia sul-africana disparou balas de borracha em Turffontein, quando tentava impedir a vandalização e roubo de vários estabelecimentos comerciais por dezenas de agitadores naquela área residencial no sul de Joanesburgo, onde reside uma comunidade substancial de portugueses e moçambicanos. Em Tshwane (atual Pretória), sede da Presidência da República, a violência intensificou-se também nas últimas horas de ontem em diversas partes da capital. O ministro da Polícia, Bheki Cele, que visitou as áreas afetadas no centro da cidade de Joanesburgo, disse que o Governo está a considerar destacar o exército para controlar a situação. Bheki Cele disse que os incidentes de hoje em Gauteng "são pura criminalidade". (Lusa)